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China reconhece falta de higiene em seus mercados e pede reformas urgente

Vendedor de frutos do mar é fotografado em mercado de Xangai, China - Edwin Remsberg/Universal Images Group via Getty Images
Vendedor de frutos do mar é fotografado em mercado de Xangai, China Imagem: Edwin Remsberg/Universal Images Group via Getty Images

18/06/2020 14h59

A China salientou hoje a "necessidade urgente" de melhorar a higiene em seus mercados atacadistas e cadeia de abastecimento alimentar após o novo surto de covid-19 detectado em Pequim, que até agora deixou 158 infectados.

Desde a última terça-feira, Pequim aumentou o nível de resposta de emergência ao novo coronavírus na tentativa de conter a disseminação maciça do surto, que eclodiu há uma semana no principal mercado atacadista de Xinfadi.

Segundo a Comissão Central de Inspeção Disciplinar do Partido Comunista da China (PCC) em um relatório publicado em seu site, "há uma necessidade urgente de o país melhorar os padrões de saneamento e minimizar os riscos à saúde nos mercados".

"A epidemia é um espelho que não apenas reflete o aspecto sujo e desorganizado dos mercados atacadistas, mas também mostra o baixo nível de sua administração", diz o relatório.

O novo coronavírus foi detectado pela primeira vez no mercado de frutos do mar de Huanan, na cidade de Wuhan, enquanto em Pequim o surto foi encontrado em Xinfadi, que cobre uma área de 112 hectares, possui 1,5 mil funcionários e mais de 4 mil proprietários de barracas.

"A maioria dos mercados foi construída há 20 ou 30 anos, quando a drenagem e tratamento de esgoto eram relativamente subdesenvolvidos", acrescenta a agência.

Resta saber se o país tomará medidas decisivas para melhorar a higiene neste tipo de estabelecimento e nos chamados mercados subterrâneos e semissubterrâneos, espaços fechados e úmidos onde quase não há ventilação.