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Médicos dizem que Reino Unido deve se preparar para segundo pico de covid-19

Pessoas utilizam máscaras de proteção para o coronavírus em ponto turístico de Londres, a Millennium Bridge - Tim Ireland/Xinhua
Pessoas utilizam máscaras de proteção para o coronavírus em ponto turístico de Londres, a Millennium Bridge Imagem: Tim Ireland/Xinhua

Em Londres (Inglaterra)

24/06/2020 13h17

O Reino Unido precisa estar adequadamente preparado para o "risco real" de um segundo pico de covid-19, alertaram hoje as autoridades de saúde britânicas, após o governo anunciar a continuidade do processo de suspensão das medidas.

Ontem, o governo britânico anunciou a reabertura na Inglaterra de pubs, restaurantes e salões de cabeleireiro, entre outros setores, a partir de 4 de julho, e a redução na distância física de dois para um metro, uma vez que os casos do novo coronavírus foram reduzidos no país, onde mais de 42 mil mortes já foram registradas.

Porém, em uma carta aberta publicada hoje no "British Medical Journal", representantes do Royal College of Surgeons, enfermeiras e médicos alertam o governo para a necessidade de tomar medidas com o objetivo de evitar novas mortes, diante da possibilidade de outro aumento nos casos de coronavírus no próximo inverno europeu.

Em sua carta, esses profissionais solicitam uma avaliação "rápida" para estabelecer o grau de preparação do país, embora reconheçam que é difícil saber como seria um segundo pico de casos.

"Os dados disponíveis indicam que é altamente possível que haja surtos locais e que um segundo pico seja um risco real", acrescentam.

"Muitos elementos da infraestrutura necessária para conter o vírus estão começando a ser implementados, mas permanecem os desafios substanciais", destacam.

Os signatários, apoiados pela British Medical Association (BMA), pedem ao governo que estabeleça um grupo multipartidário para desenvolver uma série de recomendações para um possível segundo pico.

Essa avaliação da preparação deve se concentrar na identificação de áreas onde devem ser tomadas para evitar novas mortes e restaurar a economia o mais rápido possível.

Quando a crise do coronavírus eclodiu no país, no mês de março, o Reino Unido enfrentou problemas para conter o vírus devido à falta de equipamento de proteção especial para o setor de saúde e a falta de testes suficientes.