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Argentina supera marca de 150 mil casos de coronavírus

Taxista usa máscara com a bandeira da Argentina em Buenos Aires durante pandemia do coronavírus - Ricardo Ceppi/Getty Images
Taxista usa máscara com a bandeira da Argentina em Buenos Aires durante pandemia do coronavírus Imagem: Ricardo Ceppi/Getty Images

De Buenos Aires

25/07/2020 04h11

A Argentina superou nesta sexta-feira a marca de 150 mil casos de coronavírus, sendo a província de Buenos Aires o epicentro da pandemia, ao concentrar mais da metade das infecções confirmados no país vizinho.

O Ministério da Saúde informou que detectou 5.493 novos contágios pelo vírus SARS-CoV-2 e que houve 105 mortes nas últimas 24 horas. Assim, já houve 2.807 óbitos por covid-19 em território argentino.

A província de Buenos Aires, a mais rica e povoada do país, foi mais uma vez a zona com mais casos novos, com 4.947, sendo 1.157 deles na cidade homônima. No total, são 140.686, 51.977 deles na capital.

Das 105 mortes causadas pelo patógeno nas últimas 24 horas, 19 ocorreram na cidade de Buenos Aires, 80 em outras cidades da província homônima, três em Chaco, uma em Mendoza e uma em Río Negro.

Preocupação com província de Buenos Aires

O governador de Buenos Aires, Axel Kicillof, pediu à população para redobrar os esforços para impedir a propagação da doença, apesar de várias restrições previstas na quarentena terem sido relaxadas em quase todo o país. A região metropolitana de Buenos Aires (Amba), por ser o foco da crise sanitária, é exceção.

"Estamos no pior da pandemia. Não aqui, no mundo", advertiu Kicillof durante a abertura de um hospital na cidade de Moreno, na periferia de Buenos Aires.

Na visão do governador, quem vende que o coronavírus passou está mentindo. Ele destacou que nem na Argentina nem em qualquer outro lugar do mundo a crise está solucionada e apontou vários países que haviam saído do isolamento e tiveram que reintroduzir medidas de contenção.

O Kicillof lançou nesta semana um programa que fornece subsídios de 500 pesos por dia (R$ 36,5) para os doentes mais leves que aceitam ficar isolados em abrigos oficiais, como medida para cortar as redes de contágio principalmente na Amba.

"Para cuidar de si mesmo, é preciso ter cuidado, e o Estado está acompanhando este processo com muitas medidas. No pior da pandemia continuamos trabalhando, abrindo centros de saúde, incorporando suprimentos de proteção, camas e respiradores, porque estamos sempre do lado dos trabalhadores e do povo", disse o governador da província.