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Merkel pede que cidadãos respeitem restrições para evitar novo confinamento

18.jul.2020 - O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, conversa com a chanceler alemã Angela Merkel, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e o presidente da França Emmanuel Macron - Francisco Seco/Pool/AFP
18.jul.2020 - O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, conversa com a chanceler alemã Angela Merkel, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen e o presidente da França Emmanuel Macron Imagem: Francisco Seco/Pool/AFP

30/09/2020 16h09

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pediu nesta quarta-feira que os cidadãos alemães cumpram as restrições impostas pela crise do novo coronavírus e enfatizou que seu objetivo é "fazer todo o possível para evitar um segundo confinamento".

Merkel fez essas declarações enquanto falava no debate geral e orçamentário do Bundestag (Câmara Baixa alemã), no qual alertou para o "momento difícil" que se aproxima com a chegada do inverno europeu, em que se espera que os casos da Covid-19 continuem aumentando.

A chanceler destacou como é "desconfortável" não saber "quando terminará a pandemia" e está convicta de que as sociedades que falarem mais abertamente sobre os riscos do coronavírus sairão mais fortes desta crise.

Os orçamentos levaram a Alemanha a assumir dívidas no valor de 96,2 bilhões de euros (cerca de R$ 636 bilhões).

"A austeridade orçamentária dos anos anteriores nos permitiu reagir e continuar a ter a dívida mais baixa dos países da OCDE", disse Merkel.

Merkel destacou os investimentos previstos no sistema de saúde, 4 bilhões de euros até 2026, e o apoio às pessoas mais afetadas pelas consequências econômicas da pandemia, mas acrescentou que nem tudo pode ser resolvido com medidas estatais.

"Nosso sistema federativo é forte, acho até que é um dos nossos principais pontos fortes. Tem nos permitido reagir de forma diferente nessa crise, levando em conta as particularidades regionais, mas não é suficiente. Precisamos que a população assuma e aceite as medidas", disse.

"Por isso, é importante que a pandemia seja discutida abertamente, nas famílias, nos locais de trabalho", acrescentou.