Pesquisa mostra que quase 50% dos franceses não querem vacina contra novo coronavírus
Paris, 19 nov (EFE).- Quase a metade da população da França não deseja ser receber qualquer uma das eventuais vacina contra o novo coronavírus, segundo pesquisa publicada hoje pela emissora de televisão "BFM".
De acordo com a consulta, 46% das pessoas ouvidas não quer a aplicação do agente imunológico, enquanto 40% pretendem ser vacinadas, enquanto outras 14% ainda não tomaram uma decisão.
O índice de franceses que dizem se negar a receber a vacina contra o novo coronavírus é maior do que o de rejeição àquelas existentes para evitar outras doenças.
A justificativa, em grande parte dos casos, é pela falta de conhecimento sobre esses produtos que estão sendo desenvolvidos e pelo temor dos efeitos secundários que possam existir.
A pesquisa reflete que a maioria dos que se negam são eleitores de partidos de extrema-direita, que estão alinhados com a posição do principal expoente da linha, Marine Le Pen, que defendeu que a vacina não seja obrigatória.
O primeiro-ministro Jean Castex, já mostrou descontentamento com a posição, já que, segundo ele, uma campanha contra o processo de vacinação, pode dificultar o combate à pandemia na França, um dos países mais afetados pela covid-19 no mundo.
Líderes de outras legendas, como Yannick Jadot, do Partido Ecologista, foi um dos que saiu em defesa da obrigatoriedade da imunização, pouco depois da divulgação da companhia americana Pfizer sobre a eficácia da vacina que está desenvolvendo.
"Vejam o trauma de nossa sociedade. Não podemos nos dar ao luxo de prolongar o período de confinamento, de enfraquecimento cultural, social e econômico de nosso país", disse o eurodeputado, em entrevista à emissora local de televisão "France Info".
Segundo o jornal "Le Monde", internamente, o governo da França reconhece a dificuldade de tornar a vacina contra o novo coronavírus obrigatória. Inicialmente, os planos é iniciar uma campanha de imunização a partir do início do ano.
Até o momento, o país encomendou 30 milhões de doses da vacina da Pfizer, além de ter reservado 60 milhões com outros laboratórios, o que garante imunizar cerca de 45 milhões de pessoas.
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