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Pacote suspeito faz polícia evacuar fábrica que produz vacina da AstraZeneca

24.jan.2021 - Frascos da vacina da Oxford/AstraZeneca  - Governo do Rio Grande do Sul/Divulgação
24.jan.2021 - Frascos da vacina da Oxford/AstraZeneca Imagem: Governo do Rio Grande do Sul/Divulgação

27/01/2021 16h32

Uma fábrica localizada em Wockhardt, no País de Gales, onde é produzida a vacina contra o novo coronavírus da companhia AstraZeneca, foi parcialmente evacuada nesta quarta-feira, após ter sido encontrado um pacote suspeito.

A informação foi confirmada à Agência Efe por um porta-voz da unidade.

"Wockhardt UK, em Wrexham, recebeu nesta manhã um pacote suspeito. Todas as autoridades relevantes foram notificadas. Por recomendação dos especialistas, evacuamos o local parcialmente, e está sendo realizada uma investigação completa", indica a fonte.

A polícia do Norte de Gales confirmou que deslocou agentes para o complexo industrial onde está situada a fábrica, após ter recebido a notificação da suspeita provocada pelo pacote.

Segundo a rede britânica "BBC", uma unidade especializada na desativação de artefatos explosivos foi deslocada para a unidade. Alguns vizinhos do local afirmaram ter ouvido uma forte explosão ainda durante a manhã (hora local).

A fábrica de Wrexham tem capacidade para produzir, aproximadamente, 300 milhões de doses da vacina da AstraZeneca por ano.

O incidente acontece em meio a uma disputa entre a companhia anglo-sueca e a União Europeia (UE), devido o atraso na distribuição do agente imunizante desenvolvido em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido, para o bloco comunitário.

A AstraZeneca cancelou a reunião prevista para esta quarta-feira com representantes da Comissão Europeia e dos países que integram a UE, que exigem um plano detalhado de entrega e distribuição das vacinas.

O encontro seria o terceiro nesta semana, após outros dois realizados na última segunda-feira, que foram considerados insatisfatórios.

A Comissão Europeia quer que a AstraZeneca explique exatamente que doses foram produzidas, e para onde foram enviadas que já estão prontas, em meio a especulações de que parte dos lotes destinados à UE acabaram sendo vendidos ao Reino Unido, o que a companhia nega.