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Em fórum com Dilma, Cuba fala em "complô" dos EUA para promover protestos

As declarações de Rodríguez foram feitas em um fórum virtual com outros políticos e diplomatas latino-americanos - Florence Lo - Pool / Getty Images
As declarações de Rodríguez foram feitas em um fórum virtual com outros políticos e diplomatas latino-americanos Imagem: Florence Lo - Pool / Getty Images

Em Havana

16/07/2021 03h14

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, afirmou ontem que os protestos contra o governo do país realizados no último domingo foram o resultado de uma operação "político-midiática" dos Estados Unidos.

As declarações de Rodríguez foram feitas em um fórum virtual com outros políticos e diplomatas latino-americanos, como a ex-presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente da Bolívia Evo Morales.

O chefe da diplomacia cubana disse a seus interlocutores que em Cuba "não houve nenhum surto social, como esperado pelos EUA" e que nem "o povo se juntou ao apelo para uma greve geral no país", de acordo com uma nota do Ministério das Relações Exteriores do país caribenho.

Ele também agradeceu as manifestações de apoio a Cuba, assim como a rejeição da política de embargo econômico e comercial mantida pelo governo dos Estados Unidos em relação ao país.

Milhares de pessoas foram às ruas no domingo - e em menor grau na segunda-feira - em várias cidades cubanas para se manifestarem contra a escassez de alimentos e remédios, os cortes de energia elétrica e as controversas lojas com produtos negociados em moeda estrangeira que surgiram em meio à grave crise econômica e de saúde.

No fórum, Evo Morales comentou que "qualquer outro país teria desistido" diante do embargo americano e pediu que o presidente dos EUA, Joe Biden, ouça as vozes que pedem a suspensão da medida.

Da mesma forma, a ex-presidente Dilma Rousseff enviou uma mensagem de apoio a Cuba e a seu governo e condenou o "bloqueio" (em referência ao embargo dos EUA) contra o povo cubano.