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Juiz emite ordem internacional de prisão contra ex-presidente de El Salvador

O paradeiro de Sánchez Cerén é desconhecido, de acordo com as autoridades de segurança - Reprodução
O paradeiro de Sánchez Cerén é desconhecido, de acordo com as autoridades de segurança Imagem: Reprodução

Da EFE, em San Salvador

29/07/2021 03h05Atualizada em 29/07/2021 07h31

Um juiz de paz de El Salvador emitiu ontem uma ordem internacional de busca e prisão do ex-presidente Salvador Sánchez Cerén, que ocupou o cargo de 2014 a 2019, e de outros quatro ex-funcionários do governo sob acusações de corrupção, segundo a Procuradoria-Geral da República.

A chefe da Unidade Contra Lavagem de Dinheiro, Maricela Velásquez, declarou que a decisão foi tomada pelo Segundo Tribunal de Paz de San Salvador, que enviou o processo para a fase de prejulgamento. Pesam sobre Sánchez Cerén e outros nove ex-funcionários públicos acusações de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro, mas apenas quatro desses ex-empregados do Estado têm ordem internacional.

"O juiz decidiu enviar um mandado à Interpol para que eles possam ser localizados e colocados à disposição dos tribunais competentes", afirmou Velázquez aos jornalistas.

Sánchez Cerén é o quarto presidente na era democrática de El Salvador a ter um mandado de prisão emitido contra si por corrupção. Segundo o Ministério Público, ele teria recebido US$ 530 mil em salários irregulares quando era vice-presidente, de 2009 a 2014, e o país era governado por Mauricio Funes.

Ambos chegaram ao poder sob a bandeira da Frente Farabundo Martí de Libertação Nacional (FMLN), que perdeu forças como resultado de casos de corrupção ligados a suas administrações.

O paradeiro de Sánchez Cerén é desconhecido, de acordo com as autoridades de segurança. O ex-chefe de governo, que também é um ex-comandante da guerrilha FMLN, teria deixado o país no final de 2020 rumo à Nicarágua,

O caso é decorrente da investigação contra Mauricio Funes por supostamente desviar US$ 351 milhões do orçamento do Estado. Ele vive na Nicarágua desde 2016 e recebeu cidadania em 2017, o que impede uma extradição, conforme as leis locais.