Topo

Esse conteúdo é antigo

Reino Unido garante que relações com EUA são boas, apesar de atritos

22.abr.2021 - Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, discursa na Cúpula de Líderes sobre o Clima  - JUSTIN TALLIS/AFP
22.abr.2021 - Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, discursa na Cúpula de Líderes sobre o Clima Imagem: JUSTIN TALLIS/AFP

21/09/2021 21h29

O primeiro-ministro de Reino Unido, Boris Johnson, afirmou nesta terça-feira que as relações com os Estados Unidos são "mais ou menos tão boas como o que foram durante muito tempo", apesar das dificuldades para avançar rumo a um acordo comercial e da aparente falta de coordenação na crise no Afeganistão.

Antes de se encontrar com o presidente dos EUA, Joe Biden, Johnson foi perguntado, em entrevista à emissora "BBC", se esperava que a reunião fosse tensa, após a imprensa terem divulgado que o premiê teve de esperar 36 horas para falar com o mandatário americano durante a retirada das tropas de Cabul.

Johnson disse que as relações bilaterais são boas e que a "vantagem de trabalhar com Biden e a sua administração" é o seu "empenho em combater as mudanças climáticas", uma questão de particular preocupação para o governo britânico antes da 26ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas da ONU (COP26), em Glasgow, em novembro.

Durante a visita aos Estados Unidos, Johnson afirmou que o acordo de livre-comércio que esperava assinar com Washington após o Brexit, uma perspectiva que tinha sido levantada pelo ex-presidente dos EUA Donald Trump, progredirá mais lentamente do que o esperado.

Ainda assim, frisou que ambos os países concordaram em "dar fim ao veto à carne de bovina britânica e às tarifas sobre o whisky escocês".

Questionado pela "Sky News" sobre se ainda pensa em poder negociar um acordo de livre-comércio com Biden antes que seu atual mandato no Reino Unido termine, em 2024, Johnson disse que está "otimista", mas avisou que os americanos "negociam muito duramente".

"Vamos avançar com acordos de livre-comércio em todo o mundo, inclusive com os Estados Unidos", explicou.