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Apenas 37% da América Latina e Caribe tem esquema completo de vacinação

Em países como Jamaica, Nicarágua e Haiti, a taxa é vacinação é de menos de 10% - iStock
Em países como Jamaica, Nicarágua e Haiti, a taxa é vacinação é de menos de 10% Imagem: iStock

Em Washington

07/10/2021 06h24

A Opas (Organização Panamericana da Saúde) informou nesta quarta-feira que apenas 37% da população da América Latina e Caribe contam com esquema completo de vacinação contra a covid-19, e que em países como Jamaica, Nicarágua e Haiti, a taxa é de menos de 10%.

"Seguimos apelando aos países com doses excedentes que as dividam com os países da nossa região, onde podem ter um impacto que salvará vidas", afirmou a diretora da agência, Carissa Etienne, durante entrevista coletiva semanal.

De acordo com números computados pela Opas, na última semana, foram registrados cerca de 1,2 milhão de novos casos de covid-19 nas Américas, e aproximadamente 24 mil mortes causadas pela doença.

Etienne indicou que os países América Latina e Caribe receberam 875 mil doses de vacinas contra a covid-19, o que considerou insuficientes "para proteger a todos".

A diretora da Opas detalhou que a agência fechou acordos com três produtores de imunizantes, os laboratórios chineses Sinovac e Sinopharm, assim como com a anglo-sueca AstraZeneca, para comercializar doses através do fundo rotativo que, durante mais de 40 anos, vem fornecendo vacinas à região.

"Teremos vacinas disponíveis para este ano e teremos para dos três produtores em 2022", afirmou Etienne.

Jarbas Barbosa, subdiretor da Opas, falou sobre os atrasos nas entregas de vacinas através do mecanismo Covax, impulsionado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que visa distribuir doses de maneiras igualitárias.

O brasileiro citou entre as razões o fato de que os produtores não estão priorizando o envio para a iniciativa da OMS, mas sim a acordos bilaterais que estão firmando, em que as vacinas são comercializadas por maior preço.

Além disso, Barbosa indicou que cerca de 500 milhões de doses estão pendentes de entrega devido a paralisação das exportações do Instituto Serum, na Índia, o maior fabricante de vacinas do mundo, que está concentrando as entregas voltadas para a imunização no próprio país.

Segundo o subdiretor da Opas, os países da região que estão com taxa de vacinação abaixo de 10%, receberão doses durante o mês de outubro de maneira prioritária.

Além disso, assegurou que o Covax irá entregar, até o fim deste ano, doses suficientes para imunizar, pelo menos, 20% da população dos países mais próprios, o que admitiu que pode ser atrasado até o início de 2022.