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Coreia do Sul volta a endurecer restrições devido a aumento de casos de covid

14.mar.21 - Teste da covd-19 é aplicado em morador de Hwaseong, na Província de Gyeonggi, na Coreia do Sul - Seo Yu-Seok/Xinhua
14.mar.21 - Teste da covd-19 é aplicado em morador de Hwaseong, na Província de Gyeonggi, na Coreia do Sul Imagem: Seo Yu-Seok/Xinhua

Da Efe

03/12/2021 00h30Atualizada em 03/12/2021 08h03

A Coreia do Sul anunciou nesta sexta-feira (data local) que vai apertar as restrições sociais a partir da próxima segunda em resposta ao surto de casos de Covid-19, apenas um mês depois de ter flexibilizado algumas medidas.

A partir da próxima segunda, segundo o primeiro-ministro Kim Boo-kyum, serão permitidas apenas reuniões de até seis pessoas na região de Seul, onde vive mais da metade da população do país e onde se concentram 80% dos novos casos. Nas outras áreas, até oito pessoas poderão se juntar.

A medida estará em vigor por pelo menos quatro semanas, detalhou Kim durante uma reunião do órgão encarregado de administrar a resposta à pandemia.

Desde 1º de novembro, tendo em vista o progresso da vacinação, com 80,1% da população inoculada com todas as doses recomendadas pelos laboratórios, as autoridades decidiram encerrar o fechamento compulsório de hotéis e restaurantes às 22h e permitir a concentração de até dez pessoas na região de Seul e de até 12 no restante do país.

Kim também anunciou hoje que o passaporte emitido para pessoas vacinadas e que permite o acesso a lugares de risco como saunas, discotecas e bares de karaokê também será exigido em cafés e restaurantes.

A mudança cria outra dor de cabeça para muitos residentes estrangeiros que, diante da falta de suprimentos na primeira parte deste ano, optaram por se vacinar fora da Coreia do Sul.

Ao contrário dos cidadãos sul-coreanos, que são creditados pelas autoridades locais como tendo sido imunizados mesmo que tenham sido vacinados no exterior, muitos estrangeiros não conseguiram obter seus passaportes de imunização.

A discriminação também complica o acesso dos residentes estrangeiros à terceira dose, que o governo disse que deveria ser administrada cinco meses após a segunda injeção.

As medidas anunciadas hoje chegam apenas um dia depois que a Coreia do Sul reativou uma quarentena obrigatória para todos os viajantes, vacinados ou não, após a detecção dos primeiros casos da nova variante do coronavírus, a ômicron.

O país asiático havia controlado bem a pandemia, com apenas 457 mil casos e 3,7 mil mortes, mas há dias são registrados recordes de infecções diárias (entre 3 mil e 5 mil) e casos graves apenas um mês após a flexibilização das restrições.