Azul voará para os EUA a partir de 2015 com aviões Airbus

Por Brad Haynes

CAMPINAS, 23 Abr (Reuters) - A empresa aérea Azul anunciou nesta quarta-feira uma nova fase de sua expansão, com o lançamento de voos internacionais e a adição de 11 aviões da Airbus que se juntarão a sua frota de jatos regionais da Embraer e turboélices ATR.

A terceira maior empresa aérea do Brasil em market share receberá seis unidades do avião A330-200 para entrada em serviço no ano que vem. Depois, em 2017, virão cinco unidades do A350-900, todos eles equipados com motores Rolls-Royce.

Atualmente, a empresa aérea opera 80 jatos Embraer e 56 aviões ATR apenas com voos dentro do país.

Os 11 aviões da Airbus têm preço de tabela perto de 2 bilhões de dólares, disseram executivos em entrevista coletiva em Campinas (SP), onde fica o principal centro de operações da Azul.

A companhia aérea arrendará oito dos 11 aviões Airbus junto ao grupo de leasing ILFC e está avaliando se alugará ou comprará três dos jatos A330.

O acordo com a Airbus é outro revés para a fabricante rival norte-americana Boeing no maior mercado da América Latina. A Boeing perdeu em dezembro um desejado contrato para fornecer caças ao governo brasileiro, em disputa que teve a sueca Saab como vencedora.

"Queremos proporcionar uma nova experiência nos voos internacionais, com segmentação de tarifas e serviços, seguindo o que estamos fazendo em todo o país", disse em comunicado o fundador e presidente da Azul, David Neeleman, que também criou a companhia aérea norte-americana JetBlue.

A Reuters antecipou na noite de terça-feira, com base em informações obtidas com duas fontes do setor, que a Azul anunciaria nesta quarta-feira sua primeira encomenda de avião de corredor duplo da fabricante europeia Airbus.

A Azul informou que pretende iniciar voos diretos de Campinas para os EUA a partir do primeiro trimestre de 2015. Os destinos prováveis são Flórida e depois Nova York, e a definição das rotas e dos aeroportos finais ocorrerá no fim deste ano.

A Azul também assinou um contrato com a Rolls-Royce para serviços de manutenção de motores estimado em 400 milhões de dólares.

(Reportagem adicional de Tim Hepher em Paris)

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