Opaq considera abrir inquérito sobre uso de gás cloro na Síria
Por Anthony Deutsch
AMSTERDÃ, 24 Abr (Reuters) - O chefe da agência global para prevenção do uso de armas químicas, que monitora a destruição dos estoques de toxinas da Síria, considera lançar uma missão de coleta de evidências para investigar relatos sobre ataques com gás cloro no país do Oriente Médio, afirmaram fontes.
A Síria se tornou membro da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) no ano passado, como parte de um acordo com a Rússia e os Estados Unidos para destruir seu programa de armas químicas.
O diretor da Opaq, Ahmet Uzumcu, tem a autoridade para iniciar investigações sobre denúncias de uso de armas químicas em Estados membros, incluindo a Síria, sem que seja preciso uma solicitação formal de um dos Estados membros, disse a fonte à Reuters nesta quinta.
"O diretor-geral da Opaq está considerando, em iniciativa própria, enviar uma missão investigativa", disse uma fonte.
"Várias perguntas ainda precisam ser respondidas: consentimento sírio, mandato da missão, integrantes de outras organizações, como a Organização Mundial da Saúde", disse a fonte.
Diversos dos principais aliados de Washington na Europa apoiam uma investigação sobre as mais recentes denúncias sobre o uso de gás cloro, disse a fonte.
A Síria se comprometeu a entregar ou destruir todo o seu arsenal químico até o final desta semana. O país ainda possui cerca de 14 por cento dos químicos declarados à Opaq e ainda não destruiu todas as 12 instalações de produção e armazenamento desse tipo de material.
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