Dilma promete PEC para ampliar papel da União na segurança pública

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff, que busca a reeleição pelo PT, prometeu nesta quarta-feira enviar ao Congresso uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para ampliar o papel do governo federal na articulação da área de segurança pública no país.

Segundo ela, porém, a proposta, que será enviada nas próximas semanas ao Congresso, não vai alterar o papel das forças de segurança, nem o papel das Forças Armadas e também não tratará de um piso salarial para os agentes de segurança.

“Nós achamos que... para resolver o problema da segurança pública tem que ter responsabilidade da União”, disse. “Mantida e respeitada a autonomia federativa e respeitada as cadeias de comando (das forças de segurança).”

   Dilma pretende enviar a PEC durante o período eleitoral.

   “O que nós queremos é que a atuação integrada (das forças de segurança) sejam permanentes”, explicou Dilma, usando como exemplo o sistema de segurança usado na Copa do Mundo.

Ela disse ainda que o governo federal financiará a construção de centros de comando --que reúnem representantes de todas as forças de segurança--, como os que existem nas 12 capitais que serviram de sede para a Copa do Mundo.

MARINA

   Questionada sobre as pesquisas eleitorais, que mostram a candidata do PSB, Marina Silva, se aproximando dela na intenção de votos no primeiro turno e a derrotando numa segunda rodada, Dilma voltou a dizer que não comentaria os levantamentos e afirmou que a disputa está só no começo.

“Eu acho que a pesquisa é importantíssima para os analistas de pesquisa. Para uma campanha eleitoral tem que ver a conjuntura que você está”, argumentou a petista.

   “Nós estamos no início da eleição e aí muita coisa vai rolar por debaixo dessa ponte e a gente não sabe ainda para que lado a água vai.”

Na terça-feira, o comitê de campanha de Dilma realizou uma reunião com integrantes do segundo escalão do governo para mobilizá-los a usar seu tempo livre para apresentar os avanços do governo junto ao eleitorado.

Secretários-executivos e os secretários nacionais de ministérios receberam orientação de usar os finais de semana e seu tempo livre para fazer campanha e mostrar os avanços do governo, contou à Reuters um dos secretários presentes da reunião.

A fonte disse, no entanto, que o encontro estava agendado antes mesmo do novo cenário eleitoral com a entrada da candidata de Marina na disputa após a morte do ex-governador Eduardo Campos num trágico acidente aéreo.

(Reportagem de Jeferson Ribeiro)

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