Dilma abre 13 pontos sobre Marina no 1º turno e 4 pontos no 2º, diz Datafolha

SÃO PAULO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff (PT) praticamente dobrou sua vantagem sobre Marina Silva (PSB) nas intenções de voto para o primeiro turno e passou a ter vantagem numérica sobre a candidata do PSB em simulação de um segundo turno, mostrou pesquisa do Datafolha divulgado nesta sexta-feira.

Nas intenções de voto para o primeiro turno, Dilma passou a 40 por cento, ante 37 por cento na semana passada, seguida por Marina, com 27 por cento (ante 30 por cento), e por Aécio com 18 por cento, (ante 17 por cento).

A pesquisa mostrou que o principal movimento das líderes da corrida presidencial ocorreu na Região Nordeste. Enquanto Dilma cresceu 6 pontos percentuais, Marina caiu 9 pontos.

Em todo o Brasil, os demais candidatos somam 4 por cento das intenções de voto --eles tinham 3 por cento na semana passada. Os votos brancos e nulos somam agora 5 por cento (ante 6 por cento) e os indecisos somam 6 por cento (ante 7 por cento).

O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, disse à TV Folha que os números mostram uma chance maior de a eleição ser definida já no primeiro turno. Mas para isso Dilma teria que ganhar um bom terreno na reta final.

Enquanto a presidente tem 40 por cento, todos seus adversários somam 47 por cento. Para vencer na primeira rodada, um candidato tem que ter mais votos do que a soma de seus adversários.

Paulino disse também que a disputa pelo segundo lugar pode se acirrar na semana final. A diferença de Marina para Aécio, que já foi de 20 pontos percentuais, está agora em 9 pontos.

Na simulação de segundo turno entre Dilma e Marina, a vantagem passou agora para a presidente, que foi a 47 por cento (ante 44 por cento), contra 43 por cento de Marina (ante 46 por cento). Apesar da vantagem da presidente, as duas estão no limite do empate técnico, já que a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.

Paulino ressaltou que os números mostram que a estratégia de ataques da campanha petista contra Marina tem surtido efeito, especialmente entre os eleitores do Nordeste, que dependem mais dos programas sociais do governo.

Quando a simulação de segundo turno é entre Dilma e Aécio, a petista derrota o tucano por 50 a 39 por cento --na semana passada o placar, também favorável à presidente, era de 49 a 39 por cento.

Mesmo com sua melhora na pesquisa, Dilma continua tendo uma rejeição bem maior do que seus principais adversários. Enquanto ela tem 31 por cento de rejeição, Marina tem 23 por cento e Aécio, 20 por cento.

A pesquisa também perguntou aos eleitores sobre a avaliação do governo Dilma. O quadro se mostrou estável com variações dentro da margem de erro.

O Datafolha ouviu 11.474 pessoas em 402 municípios entre quinta e sexta-feira.

(Por Alexandre Caverni; Edição de Eduardo Simões)

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