Dilma diz após pesquisas que vê "virada" nas ruas

  • RICARDO MORAES

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff, que tenta a reeleição pelo PT, disse nesta quinta-feira, pouco depois de pesquisas a mostrarem liderando a corrida presidencial, que vem observando um movimento de "virada" nas ruas do Brasil.

"Eu acredito que está havendo uma espécie de virada, acho que há uma virada visível mas ruas", disse Dilma a jornalistas no Rio de Janeiro ao ser perguntada sobre as pesquisas Ibope e Datafolha que, pela primeira vez desde o início do segundo turno, a colocam à frente do candidato do PSDB, Aécio Neves, fora da margem de erro.

A presidente citou eventos de campanha em Recife e em Duque de Caxias (RJ) nesta semana como exemplo dessa "virada" que tem detectado nas ruas do país.

A três dias do segundo turno da eleição presidencial, Dilma abriu vantagem sobre Aécio e saiu do empate técnico com o tucano, beneficiada por uma melhora na avaliação de seu governo e por um aumento na rejeição ao senador mineiro, mostraram novas pesquisas Datafolha e Ibope.

Dilma comemorou ainda os dados sobre o mercado de trabalho divulgados nesta manhã pelo IBGE, afirmando que o Brasil vai na contra mão do mundo.

"Essa é a menor taxa de desemprego de setembro, o que então mostra uma consistente queda do desemprego", disse Dilma. "Não é isso que ocorre no resto do mundo. Eu acredito que o Brasil seja um dos países que tenha a menor taxa de desemprego entra as economias do G20 e as demais também."

A presidente citou também o aumento da renda média registrado pela PME, alegando que as maiores conquistas de seu governo foram a criação de empregos, o aumento de salários e a ampliação de direitos trabalhistas para classes antes desprotegidas, citando como exemplo legislações que favorecem as empregadas domésticas e os taxistas.

"O mundo também, neste mesmo período, reduziu e cortou direitos trabalhistas, moderadamente. O Brasil, ao contrário, ele ampliou direitos nesse período", afirmou.

SEM CRIAR FANTASMAS

Ao ser questionada sobre o acirramento dos ânimos na reta final da corrida presidencial, inclusive com episódios de confrontos físicos entre eleitores petistas e tucanos, Dilma respondeu não crer que esse tipo de problema ocorra no Brasil.

Para ela, é normal um clima mais quente na reta final das eleições, desde que a rivalidade se mantenha no campo das ideias. Ela fez um apelo para que eventuais atos violentos não recebessem a importância maior do que realmente representam e pediu calma aos eleitores.

"Em todas as eleições você tem um clima que fica mais quente. Acho que a gente não pode chegar agora e tentar criar também, porque isso faz parte do acirramento dos ânimos, tentar criar um fantasma disso tudo. Eu acho que não tem esse clima no Brasil", disse a presidente.

(Reportagem de Felipe Pontes)

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