Ucrânia diz que não pode retirar armas pesadas enquanto ataques persistirem
O governo central ucraniano acusou os rebeldes pró-russos de abrir fogo com foguetes e artilharia em aldeias no sudeste da Ucrânia nesta segunda-feira (23), ameaçando um acordo de cessar-fogo alcançado há apenas uma semana com mediação da Europa.
O Exército ucraniano afirmou que não poderia retirar as armas da frente de batalha, conforme previsto na frágil trégua, enquanto suas tropas ainda estiverem sob ataque.
O confronto relatado chegou perto de acabar com a trégua, que tem a intenção de encerrar um conflito que já matou mais de 5.600 pessoas e que os rebeldes ignoraram na semana passada para capturar a cidade estratégica de Debaltseve numa derrota para o governo central.
Kiev e seus aliados ocidentais dizem temer que os rebeldes, apoiados por reforços de tropas russas, estejam planejando avançar mais profundamente no território que o Kremlin chama de "Nova Rússia". Moscou nega que está ajudando os rebeldes.
Os combates diminuíram desde que as forças de Kiev abandonaram Debaltseve após a derrota na última quarta-feira. No fim de semana, houve um sinal de esperança com uma troca de cerca de 200 prisioneiros na noite de sábado e um acordo no domingo para começar a retirar a artilharia pesada das áreas de combate.
Mas Kiev afirmou nesta segunda-feira que dois de seus soldados foram mortos e 10 ficaram feridos em combates durante a noite. "Dado que as posições dos militares ucranianos continuam a ser alvejadas, ainda não pode haver qualquer conversa para retirar as armas", disse o porta-voz Vladislav Seleznyov.
Dmytro Chaly, porta-voz do Exército ucraniano no porto de Mariupol, uma cidade de 500 mil habitantes que Kiev teme que será o próximo alvo, disse que rebeldes abriram fogo na parte da tarde com foguetes Grad, artilharia e tanques nas aldeias vizinhas.
O comandante rebelde Eduard Basurin negou que seus combatentes tivessem lançado qualquer ataque e disse que a situação estava calma. "No momento, tudo está tranquilo, não há bombardeios", disse ele à Reuters. (Reportagem adicional de Natalia Zinets, Alessandra Prentice e Peter Graff, em Kiev)
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