Snowden diz que EUA não ofereceram julgamento justo se voltar ao país
TORONTO (Reuters) - Edward Snowden, ex-prestador de serviço da Agência de Segurança Nacional dos Estaods Unidos (NSA) que revelou detalhes do programa secreto de vigilância eletrônica do governo, disse nesta quarta-feira que, até o momento, não tem a possibilidade de um julgamento justo se voltar para os EUA.
"Eu adoraria voltar e enfrentar um julgamento justo, mas, infelizmente... não há um julgamento justo disponível em oferta neste momento", disse Snowden em sessão ao vivo de perguntas e respostas organizada pela entidade Jornalistas Canadenses pela Liberdade de Expressão, a Universidade Ryerson e a CBC.
"Tenho trabalhado exaustivamente com o governo agora para tentar alcançar os termos para um julgamento", acrescentou.
Na terça-feira, um advogado russo que representa Snowden disse que o ex-prestador de serviço da agência de inteligência dos EUA está negociando com advogados norte-americanos e alemães para voltar para casa.
Os Estados Unidos querem julgar Snowden por vazar grande quantidade de informações sobre os programas secretos de vigilância da NSA. A Rússia, que concedeu asilo a Snowden em 2013, se recusou repetidas vezes a extraditá-lo.
Figura que provoca divisão de opiniões, Snowden é elogiado por alguns por ter agido em defesa dos direitos civis, mas é condenado por outros por ser considerado um traidor, que colocou em risco a segurança dos EUA.
(Reportagem de Solarina Ho)
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