Boko Haram corta pescoço de 12 pessoas e Exército tenta resgatar civis, dizem fontes
Militantes do Boko Haram cortaram as gargantas de 12 pessoas no nordeste da Nigéria, enquanto o Exército tentava retirar civis da região, disseram uma fonte militar e uma testemunha nesta sexta-feira (17).
O grupo islâmico tem sido expulso de grande parte da enorme faixa territorial que controlava no início do ano devido a uma operação orquestrada entre tropas de Nigéria, Chade, Níger e Camarões.
A cidade de Gwoza, que fica numa região montanhosa, foi um dos últimos lugares a serem retomados pelas forças de segurança, em 27 de março, e ainda restam alguns rincões de atividade do Boko Haram na área, disseram fontes de segurança.
"No momento em que tropas tentavam retirar alguns civis das colinas, para protegê-los de um plano de ataque aéreo..., alguns integrantes do Boko Haram os atacaram e cortaram as gargantas de 12 pessoas", disse uma fonte militar, falando sobre um ataque realizado na quarta-feira.
Uma testemunha, Jonas Musa, disse à Reuters que seus pais estavam entre as vítimas. Ele contou que soldados tiraram um grupo de pessoas dos vales ao redor de Gwoza, mas antes que pudessem voltar para resgatar a segunda leva, os criminosos atacaram.
O fracasso em eliminar o Boko Haram ou proteger os civis foi uma das razões pelas quais o presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, não conseguiu se reeleger em 28 de março, perdendo o pleito para Muhammadu Buhari.
O Boko Haram, que luta para estabelecer um Estado regido por leis islâmicas, já matou milhares de pessoas e sequestrou centenas ao longo de seis anos de insurgência na maior economia e principal produtor de petróleo da África.
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