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Justiça do Zimbábue ouve dois suspeitos de ajudar na morte do leão Cecil

Theo Bronkhorst (centro), organizador de grandes caçadas, comparece a tribunal em Hwange, no Zimbábue. Ele e Honest Tyrone Ndlovu, dono da fazenda onde o leão Cecil foi encontrado morto, se apresentaram à Justiça nesta quarta-feira (29) - Philimon Bulawayo/Reuters
Theo Bronkhorst (centro), organizador de grandes caçadas, comparece a tribunal em Hwange, no Zimbábue. Ele e Honest Tyrone Ndlovu, dono da fazenda onde o leão Cecil foi encontrado morto, se apresentaram à Justiça nesta quarta-feira (29) Imagem: Philimon Bulawayo/Reuters

Mike Saburi

Em Hwange (Zimbábue)

29/07/2015 09h32

Dois homens do Zimbábue que receberam US$ 50 mil de um caçador norte-americano que matou Cecil, o leão mais conhecido do país, foram ouvidos nesta quarta-feira (29) em audiência em um tribunal onde são acusados de caça ilegal.

O caçador norte-americano Walter James Palmer também foi acusado por autoridades responsáveis pelos animais selvagens de matar Cecil sem licença. Palmer, que deixou o Zimbábue depois da caçada, disse ter matado o leão em 1º de julho, mas afirmou acreditar que se tratava de uma caça legal.

Honest Ndlovu, dono de um parque particular de caça, e o caçador local Theo Bronkhorst compareceram ao tribunal em Hwange, 800 quilômetros a oeste de Harare, a capital do país.

Cecil usava um colar com GPS colocado por cientistas, como parte de um projeto de pesquisa da Universidade Oxford, do Reino Unido, e era um dos mais antigos e mais famosos leões do Zimbábue.

Autoridades da área de proteção aos animais selvagens dizem que Cecil foi atraído para fora do Parque Nacional de Hwange por meio de uma isca e foi morto por uma flecha disparada por Palmer, um dentista do Estado norte-americano de Minnesota, que passou a ser alvo de críticas e ofensas nas mídias sociais.

Palmer disse que não tinha sido contactado por autoridades no Zimbábue ou nos Estados Unidos e que vai colaborar com todos os inquéritos.

Vídeo mostra leão Cecil antes de ser morto