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Inflação na zona do euro fica estável a 0,2%, ainda longe da meta do BCE

31/07/2015 08h10

BRUXELAS (Reuters) - A inflação na zona do euro ficou inalterada em julho, uma vez que o declínio dos preços de energia ofuscou o impacto da alta dos preços de bens industriais e serviços, deixando mais trabalho nas mãos do Banco Central Europeu (BCE).

A Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia, informou nesta sexta-feira que os preços ao consumidor nos 19 países que compartilham o euro subiram 0,2 por cento em julho na comparação com o ano anterior, assim como em junho.

A estimativa preliminar também veio em linha com as expectativas do mercado, embora a leitura de apenas 0,1 por cento na Alemanha e o retorno da deflação na Espanha em julho tivessem sugerido que o dado da zona do euro poderia ser mais fraco.

Excluindo preços energia e alimentos não processados --dado que o BCE chama de núcleo da inflação--, os preços subiram 0,9 por cento, ante 0,8 por cento em junho. A expectativa do mercado era de que a taxa se repetisse.

Os preços de energia caíram 5,6 por cento na comparação com o ano anterior, declínio mais forte do que em junho. Os preços de alimentos não processados subiram 1,3 por cento em julho, contra 1,9 por cento no mês anterior.

O BCE tem mantido as taxas de juros perto de zero e deu início neste ano a um programa de compra de títulos de governo e outros ativos para injetar cerca de 1 trilhão de euros na economia de forma a impulsionar o crescimento e os preços.

(Reportagem de Philip Blenkinsop)