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Empresas de Trump pediram vistos para contratar mais de 1.100 estrangeiros

Donald Trump faz comício de campanha em Bluffton, na Carolina do Sul - Stephen B. Morton/AP
Donald Trump faz comício de campanha em Bluffton, na Carolina do Sul Imagem: Stephen B. Morton/AP

Em Nova York

01/08/2015 09h22

Donald Trump está focando, em parte, sua corrida à Casa Branca na promessa de proteger os empregos nos Estados Unidos. Mas, neste mês, uma de suas empresas, o complexo de resort Mar-a-Lago Club, na Flórida, fez pedidos para contratar 70 estrangeiros para atuar como cozinheiros, garçons e faxineiros.

Uma análise de dados do governo dos EUA feita pela Reuters revelou que se trata de uma prática de costume no império do magnata de Nova York.

Trump detém empresas que tentaram contratar pelo menos 1.100 funcionários estrangeiros com visto temporário desde 2000, de acordo com dados do Departamento de Trabalho analisados pela Reuters. A maioria dos pedidos foi aprovada, de acordo com os dados.

Nove empresas de propriedade majoritária de Trump têm tentado introduzir estrangeiros como garçons, cozinheiros, trabalhadores de vinícolas e outros cargos em programas de vistos temporários de trabalho administrados pelo Departamento do Trabalho.

Entre os candidatos estrangeiros procurados estão um superintendente assistente de campo de golfe, um assistente de gerente de hotel e um gerente de banquetes.

Duas de suas empresas, a Trump Model Management e a Trump Management Group LLC, chegaram a pedir vistos para quase 250 modelos estrangeiros, mostraram os registros.

A campanha presidencial de Trump e um advogado do empresário não quiseram comentar o assunto. O resort Mar-a-Lago Club não pôde ser contatado de imediato.

A análise do histórico de Trump de contratar ativamente trabalhadores estrangeiros ocorre no momento em que ele emerge como um dos favoritos no início da corrida para a candidatura do Partido Republicano à eleição presidencial de novembro de 2016.

Trump se posicionou como um campeão dos trabalhadores norte-americanos cujos meios de subsistência estão, segundo ele, ameaçados por estrangeiros ilegais.

"Serei o maior presidente para os empregos que Deus já criou", disse ele ao anunciar sua pré-candidatura em 16 de junho. "Vou trazer de volta nossos empregos da China, do México e de outros lugares. Vou trazer de volta postos de trabalho e nosso dinheiro."