Presidente do Curdistão iraquiano condena ataque turco que matou civis
BAGDÁ/ISTAMBUL (Reuters) - O presidente da região do Curdistão iraquiano condenou neste sábado o bombardeio da Turquia contra a aldeia de Zargala que deixou, segundo ele, civis mortos no dia anterior e apelou a todas as partes para retornar ao processo de negociação de paz.
"Nós condenamos esse bombardeio que levou ao martírio de pessoas da região do Curdistão e apelamos à Turquia para não bombardear civis novamente", disse Massoud Barzani em comunicado.
Um alto funcionário turco disse à Reuters que Ancara está trabalhando com o Governo Regional do Curdistão para investigar alegações de vítimas civis na aldeia de Zargala na sexta-feira.
A Turquia começou uma campanha de ataques aéreos contra militantes curdos no norte do Iraque e contra combatentes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e do Estado Islâmico na Síria em 24 de julho, no que o primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, chamou de "uma luta sincronizada contra o terror".
Mas a maioria dos bombardeios tem sido até agora contra o PKK, que travou uma insurgência de três décadas contra o Estado turco em um conflito que matou mais de 40.000 pessoas.
Segundo a mídia turca, 260 militantes curdos foram mortos e 400 ficaram feridos em oito ondas de ataques desde que a campanha aérea começou.
Em sua declaração, Barzani pediu ao PKK para afastar a guerra do território do Governo Regional do Curdistão. "As forças do PKK precisam mover os campos de batalha para longe do Curdistão", disse ele.
Autoridades do governo turco dizem que a operação é uma resposta a uma série de assassinatos de policiais e soldados pelo grupo militante curdo. Pelo menos 15 membros das forças de segurança morreram em ataques atribuídos ao PKK desde 21 de julho.
(Reportagem de Humeyra Pamuk e Stephen Kalin)
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