Rússia diz que ataque dos EUA a forças sírias prejudicaria esforço contra extremistas
DOHA (Reuters) - O chanceler russo, Sergei Lavrov, disse nesta segunda-feira que qualquer ação militar dos Estados Unidos na Síria que atinja o Exército complicaria os esforços de combate ao Estado Islâmico e outros grupos.
Autoridades norte-americanas disseram no domingo que os EUA haviam decidido permitir ataques aéreos para defender rebeldes sírios treinados pelos militares dos EUA de quaisquer agressores.
"Esta posição é uma violação do direito internacional e constitui um obstáculo no caminho para a formação de uma frente unida para combater o terrorismo, incluindo o Estado Islâmico e a Frente Al-Nusra", disse Lavrov em entrevista coletiva com o ministro do Exterior do Catar, Khalid Al-Attiyah.
Seus comentários foram traduzidos para o árabe pela TV al-Jazeera.
A Rússia tem sido um país aliado de Assad durante os quatro anos da guerra na Síria, oferecendo suprimentos militares e apoio diplomático.
Lavrov, que também se reuniu com o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o chanceler saudita, Adel al-Jubeir, em Doha, nesta segunda-feira, disse que era preciso diálogo entre todas as partes para uma solução para a guerra síria.
Mas ele acrescentou que o grupo militante Estado Islâmico era o principal perigo na Síria e no vizinho Iraque e foi por isso que Moscou apoiou os governos de ambos os países.
"Fornecemos apoio militar e técnico ao governo sírio para combater esse perigo (Estado Islâmico), assim como nós fornecemos esse apoio ao Iraque para combater o Estado islâmico", disse Lavrov, de acordo com a al-Jazeera.
(Reportagem de Omar Fahmy, Noiah Browning e Sami Aboudi)
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