Topo

Com votação esmagadora, Suu Kyi propõe reunião com militares em Mianmar

Homem observa grafite que parabeniza a líder oposicionista Aung San Suu Kyi por sua vitória nas eleições, em Mandalay, Mianmar - Hkun Lat/AP
Homem observa grafite que parabeniza a líder oposicionista Aung San Suu Kyi por sua vitória nas eleições, em Mandalay, Mianmar Imagem: Hkun Lat/AP

Em Yangon

11/11/2015 09h21

A líder pró-democracia em Mianmar Aung San Suu Kyi, que se aproximava nesta quarta-feira (11) de obter maioria absoluta no Parlamento, requisitou uma reunião com o presidente e o poderoso chefe militar do país para discutir a reconciliação nacional.

A oposicionista Liga Nacional para a Democracia (LND), de Suu Kyi, conquistou mais de 90 por cento dos assentos declarados até agora na câmara baixa e está bem à frente na apuração para a câmara alta e assembleias regionais.

Se os resultados finais confirmarem a tendência, o triunfo de Suu Kyi vai varrer do poder uma velha guarda de ex-generais que comandam Mianmar desde que a junta militar entregou o poder ao governo semicivil do presidente Thein Sein, em 2011.

As Forças Armadas continuam a exercer um poder considerável nas instituições políticas de Mianmar, consagrado na Constituição elaborada antes do fim de quase 50 anos de governo militar. Não está claro como Suu Kyi e os generais vão trabalhar juntos.

Em cartas ao comandante-chefe e presidente datada de 10 de novembro, que a LND divulgou para a mídia nesta quarta-feira, Suu Kyi pediu reuniões dentro de uma semana para discutir os termos da "reconciliação nacional".

"É muito importante para a dignidade do país e para trazer a paz de espírito para as pessoas", disse Suu Kyi na carta.

O ministro da Informação e porta-voz presidencial, Ye Htut, afirmou em sua página no Facebook: "Em resposta à carta de Aung San Suu Kyi, o presidente esta manhã lhe respondeu que a reunião seria coordenado quando a tarefa da  Comissão Eleitoral da União for concluída."