Novo livro diz que primeiro premiê da China comunista provavelmente era gay
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Ed Jones/AFP
Criança observa retratos de ex-líderes chineses (da esquerda para a direita, Zhou Enlai, Mao Zedong e Liu Shaoqi)
Um livro que será publicado em Hong Kong no próximo ano relata que Zhou Enlai, respeitado primeiro premiê da China comunista, era provavelmente homossexual, apesar de seu longo casamento, e foi apaixonado por um colega de classe.
O livro apresenta argumentos que certamente vão criar controvérsias na China, onde o Partido Comunista gosta de manter seus grandes líderes como moralmente intocáveis e onde a homossexualidade é malvista, embora não seja mais repreendida oficialmente.
A autora sediada em Hong Kong, Tsoi Wing-mui, é uma ex-editora de uma revista política liberal no país, onde escreveu artigos sobre homossexualismo antes, mas este é seu primeiro livro.
Ela releu cartas já publicamente disponíveis e diários que Zhou e sua esposa, Deng Yiangchao, escreveram, incluindo os que detalhavam os sentimentos de Zhou por um colega de escola e o afastamento emocional de sua esposa, para concluir que Zhou provavelmente era gay.
Zhou foi premiê da revolução em outubro de 1949, que levou o Partido Comunista ao poder, até morrer de câncer em 1976.
Tsoi releu livros publicados pelo partido em 1998 para marcar o 100º aniversário do nascimento de Zhou que continham ensaios e discursos públicos de Zhou, assim como seu diário, cartas, poemas, romances e teses de 1912 a 1924.
"Zhou Enlai era um político gay que teve o infortúnio de nascer 100 anos antes", escreveu a autora em seu livro.
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