Arábia Saudita diz que cortará voos e relações comerciais com Irã e proibirá viagens

Angus McDowall

Em Riad

  • FAISAL AL NASSER

    O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir

    O ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir

O rompimento dos laços da Arábia Saudita com o Irã irá se estender para cortes no tráfego aéreo entre os países, o fim das relações comerciais e a proibição de viagens de cidadãos sauditas à República Islâmica, disse nesta segunda-feira (4) o ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita, Adel al-Jubeir, à Reuters.

Peregrinos iranianos ainda serão bem-vindos para visitar Meca e Medina, disse Jubeir em entrevista, acrescentando que o Irã precisa se comportar como "um país normal", em vez de "uma revolução", e respeitar normas internacionais antes da restauração dos laços.

A execução do clérigo Nimr Al-Nimr por Riad no sábado (2) e de três outros xiitas sob acusações de terrorismo, além de dezenas de jihadistas sunitas, despertou a duradoura rivalidade no Oriente Médio e elevou as tensões na região.

A Arábia Saudita cortou relações com o Irã, xiita, e os sunitas Bahrain e Sudão seguiram a ação nesta segunda-feira, dois dias após manifestantes iranianos invadirem a embaixada saudita em Teerã em protesto contra a morte de Nimr. Os Emirados Árabes Unidos também rebaixaram seus laços com o Irã.

Milhares de manifestantes marcharam em Bagdá e em cidades xiitas no sul do Iraque, nesta segunda-feira, contra a execução. Eles levaram fotos de Nimr e marcharam fora da Zona Verde, distrito fortemente armado onde estão localizados os departamentos governamentais e as representações diplomáticas, incluindo a recém-reaberta embaixada saudita.

Protestos similares ocorreram em Basra, maior cidade do sul do Iraque, e nas cidades sagradas xiitas Najaf e Kerbala.

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