Cielo tem lucro líquido de R$899,17 mi no 4º tri

SÃO PAULO (Reuters) - A Cielo teve o lucro do quarto trimestre pouco abaixo da previsão de analistas, resultado atingido pela desaceleração da economia brasileira e por maiores custos e despesas.

O lucro líquido da maior empresa de meios eletrônicos de pagamentos do país no período somou 899,17 milhões de reais. Apesar da alta de 11,6 por cento em relação a igual período de 2014, veio abaixo da projeção média de analistas consultados pela Reuters, de 954 milhões de reais.

Entre outubro e dezembro, o volume financeiro de pagamentos feitos com cartões de crédito e de débito por meio de terminais da Cielo somou 154,6 bilhões de reais, aumento de 7,4 por cento sobre um ano antes, informou a companhia nesta segunda-feira.

O avanço das operações ficou abaixo da inflação medida pelo IPCA em 2015, de 10,7 por cento, refletindo a queda no poder de compra das famílias, devido à combinação de inflação alta, aumento do desemprego e juros altos.

A receita operacional líquida da Cielo no trimestre somou 3,1 bilhões de reais, aumento de 43,6 por cento sobre o último quarto de 2014, refletindo em parte o início das operações da Cateno, para gestão de contas do Arranjo Ourocard, do Banco do Brasil, no começo de 2015.

Em termos ajustados, o lucro líquido Cielo foi de 920,2 milhões de reais, aumento ano a ano de 14,6 por cento. Na mesma base de comparação, a margem de lucro da companhia desabou 9,8 pontos percentuais, para 27,9 por cento.

O resultado operacional da Cielo medido pela Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, amortização e depreciação), somou 1,3 bilhão de reais, aumento de 43,8 por cento ano a ano. A margem Ebitda teve alta de 0,1 ponto percentual, para 43,5 por cento.

Um ponto positivo do período foi a receita obtida com antecipação de recebíveis a lojistas, que somou 347,1 milhões de reais, alta de 28,8 por cento sobre um ano antes.

A Cielo disse ter atingido a previsão de gastar 0,52 real por transação no final de 2015.

Por outro lado, o custo dos serviços prestados aumentou 73,3 por cento, para 1,569 bilhão no comparativo anual.

(Por Aluísio Alves)

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