Grande triunfo de Trump na Superterça força reação de líderes republicanos

Por John Whitesides e Steve Holland

(Reuters) - Donald Trump consolidou sua liderança na corrida presidencial republicana de 2016 com o acúmulo de vitórias nas prévias partidárias da Superterça, mas não chegou a ofuscar seus adversários nem a atrair figuras relutantes do partido para sua campanha.

O magnata nova-iorquino do setor imobiliário se declarou um "unificador" na noite de terça-feira, depois de se sagrar vencedor em sete Estados norte-americanos, do centrista Massachusetts às unidades federativas conservadoras do extremo sul do país.

Esse feito não impressionou seus rivais na disputa pela Casa Branca, nem tampouco a elite republicana, nada disposta a aceitá-lo como o indicado da legenda na eleição de 8 de novembro que irá determinar o sucessor do  presidente dos Estados Unidos, o democrata Barack Obama.

"Se qualquer outro fosse o favorito nas pesquisas, agora mesmo haveria pessoas dizendo 'vamos todos nos unir em torno do favorito nas pesquisas'", disse Marco Rubio, senador da Flórida, que conquistou seu primeiro Estado, Minnesota, na terça-feira.

"Isso nunca irá acontecer com Donald Trump", afirmou Rubio, favorito do establishment republicano, à rede de TV Fox News nesta quarta-feira.

As vitórias da Superterça cimentaram a condição de Trump como preferido dos eleitores. O novato político de 69 anos chegou ao dia mais movimentado da temporada de primárias com uma dianteira considerável nas pesquisas nacionais de intenção de voto e já vitorioso em três das quatro prévias republicanas disputadas até então.

Seus êxitos mais recentes também aprofundaram o problema de um Partido Republicano cujos líderes são tanto críticos de muitas das posições e dos valores do ex-apresentador de reality shows quanto céticos de que ele consiga derrotar a provável indicada democrata, a ex-secretária de Estado Hillary Clinton, em novembro.

Embora ainda não tenham acertado uma estratégia em comum, os republicanos anti-Trump já começaram a se mexer. O grupo de iniciativas conservadoras Club for Growth reclamou crédito por ter freado o bilionário em algumas primárias divulgando anúncios críticos.

Alguns doadores do partido – incluindo o gerente de hedge fund Paul Singer e Meg Whitman, executiva-chefe da Hewlett-Packard Enterprise, organizaram uma teleconferência na terça-feira para angariar fundos para uma iniciativa anti-Trump, relatou o jornal New York Times.

Os democratas embarcaram no ataque, e o líder da minoria no senado, Harry Reid, classificou Trump como um "monstro" que os republicanos chocaram durante seus anos de oposição rancorosa a todas as grandes iniciativas do governo Obama.

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447759)) REUTERS ES

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