EUA criam mais vagas que o esperado em fevereiro e aumenta perspectiva de alta de juros

Lucia Mutikani

WASHINGTON (Reuters) - O emprego nos Estados Unidos melhorou em fevereiro, no sinal mais claro de força no mercado de trabalho pode aliviar os temores de que a economia caminha rumo à recessão e permitir que o banco central do país eleve os juros gradualmente este ano.

A criação de vagas fora do setor agrícola atingiu 242 mil no mês passado, disse o Departamento do Trabalho nesta sexta-feira. A taxa de desemprego se manteve na mínima de oito anos e meio de 4,9 por cento, mesmo com mais pessoas entrando no mercado de trabalho.

A economia gerou 30 mil vagas de trabalho a mais em dezembro e janeiro do que anteriormente divulgado. O único ponto negativo do relatório foi a queda de 0,03 dólar na renda por hora média trabalhada, mas algo basicamente atribuído a uma peculiaridade do calendário.

Economistas consultados pela Reuters projetavam que a geração de empregos chegaria a 190 mil vagas no mês passado, e que a taxa de desemprego se mantivesse inalterada.

O relatório de emprego se somou a dados como os de gastos empresariais e de consumidores, que sugerem que a economia recuperou ritmo após a desaceleração do crescimento para a taxa anual de 1 por cento no quarto trimestre. As estimativas de crescimento para o primeiro trimestre estão em torno de 2,5 por cento.

A perspectiva melhor de crescimento, junto com os sinais de que a inflação está em trajetória de alta, pode levar o Federal Reserve, banco central dos EUA, a elevar os juros em junho. O Fed elevou sua taxa de juros em dezembro pela primeira vez em quase uma década.

A chair do Fed, Janet Yellen, tem dito que a economia precisa criar pouco menos de 100 mil empregos por mês para acompanhar o crescimento da população em idade ativa.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

UOL Cursos Online

Todos os cursos