Lula diz que dia é de "indignação" e que se sentiu prisioneiro com ação da PF

SÃO PAULO (Reuters) - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, alvo da nova fase da operação Lava Jato, afirmou em pronunciamento que esta sexta-feira é o dia da "indignação" e de desrespeito à democracia, após ser conduzido por policiais federais para prestar depoimento nesta manhã.

"Hoje, na minha vida, é o dia da indignação. É o dia da falta do respeito democrático, o dia do autoritarismo", disse o ex-presidente em pronunciamento à imprensa na sede do Diretório Nacional do PT, na região central de São Paulo.

"Eu me senti prisioneiro hoje de manhã", disse Lula.

Além dos mandados contra Lula, determinados pelo juiz federal Sérgio Moro a pedido do Ministério Público Federal (MPF), também foi realizada busca e apreensão na casa de filhos do ex-presidente e do Instituto Lula, em São Paulo.

Cerca de 200 policiais e 30 auditores da Receita Federal cumpriram 34 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva, incluindo o de Lula em São Bernardo do Campo (SP), de acordo com a Polícia Federal.

Segundo o MPF, as ações têm por objetivo aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente criticou Moro pela decisão de determinar que policiais fossem à sua casa e de familiares cumprir mandados de busca e apreensão.

Segundo Lula, lamentavelmente, a Justiça preferiu usar a arrogância e prepotência.

"Não há explicação para terem ido atrás de meus filhos, a não ser o fato de eles serem meus filhos", criticou.

Lula disse que, embora não saiba ainda se será novamente candidato à Presidência em 2018, episódios como o desta sexta-feira alimentam sua vontade de fazer mais coisas pelo país.

(Reportagem de Natália Scalzaretto)

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