Comentários de Trump sobre islã são criticados por republicanos em novo debate
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Joe Raedle/Getty Images/AFP
O principal pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, foi criticado por seus rivais na quinta-feira por dizer que muçulmanos odeiam os Estados Unidos, durante um debate eleitoral em que as agressões do passado deram espaço a um repentino tom civilizado com foco sobre a questão.
Trump, que no passado manifestou ceticismo sobre o envolvimento militar norte-americano no exterior, pela primeira vez disse que o esforço norte-americano contra militantes do Estado Islâmico pode necessitar entre 20 mil e 30 mil soldados, número similar ao proposto por outros republicanos.
O debate apresentado pela rede CNN na Universidade de Miami era crucial, acontecendo dias antes de votações na Flórida e Ohio que irão determinar se o senador Marco Rubio, da Flórida, e o governador de Ohio, John Kasich, continuarão com suas candidaturas.
Com o fracasso de tentativas anteriores de ataque a Trump, Rubio e o senador Ted Cruz, do Texas, escolheram uma abordagem mais civilizada, levantando questões sobre posições políticas de Trump sem atacá-lo pessoalmente.
Trump, por sua vez, usou o debate para tentar atrair republicanos do establishment do partido, dizendo que está ganhando apoio de não republicanos que podem ajudar o partido a vencer a eleição de 8 de novembro.
Mas o magnata manteve posições rejeitadas pelo establishment do partido, como sua crença, como mostrada em entrevistas, que seguidores do Islã "odeiam" os EUA.
"Temos um sério problema de ódio. Há um ódio tremendo", disse Trump, que propôs um banimento temporário à entrada de muçulmanos nos Estados Unidos.
Rubio, Cruz e Kasich disseram que os Estados Unidos precisam manter boas relações com países muçulmanos no Oriente Médio para obter ajuda na luta contra militantes do Estado Islâmico.