TV estatal diz que forças sírias entraram em Palmira em batalha contra EI

John Davison e Dominic Evans

Em Beirute

  • Sana/Divulgação/Reuters

    Forças leais ao ditador sírio, Bashar al-Assad, supostamente avançam em direção à entrada da cidade histórica de Palmira, em foto fornecida pela agência estatal Sana

    Forças leais ao ditador sírio, Bashar al-Assad, supostamente avançam em direção à entrada da cidade histórica de Palmira, em foto fornecida pela agência estatal Sana

A televisão estatal síria afirmou que as forças do governo invadiram Palmira nesta quinta-feira (24) como parte dos esforços do Exército, com apoio de cobertura aérea russa, de recuperar a cidade histórica das mãos de insurgentes do Estado Islâmico.

Um grupo de monitoramento disse que ainda estavam ocorrendo combates do lado de fora da cidade, depois de um avanço rápido no dia anterior que levou o Exército e seus aliados até as entradas da localidade.

O Exército sírio lançou no início deste mês uma ofensiva concentrada em retomar Palmira, que os militantes islâmicos radicais conquistaram em maio de 2015 com o objetivo de abrir uma rota para a província oriental de Deir al-Zor, controlada principalmente pelo Estado Islâmico.

O canal de notícias estatal Ekhbariya transmitiu imagens dos arredores de Palmira e disse que os combatentes do governo tinham assumido o controle de um bairro de hotéis no oeste. Um soldado entrevistado pelo Ikhbariya disse que o Exército e seus aliados vão avançar para além de Palmira.

"Nós dizemos a esses homens armados, estamos avançando para Palmira, e para o que está além de Palmira, e se Deus quiser para Raqqa, o centro das gangues do Daesh", disse ele, referindo-se à capital de fato do Estado Islâmico no norte da Síria.

A agência de notícias estatal Sana mostrou aviões de combate sobrevoando a região, helicópteros disparando mísseis e soldados e veículos blindados se aproximando da cidade.

Civis começaram a fugir depois que combatentes do Estado Islâmico avisaram através de alto-falantes para deixarem o centro da cidade à medida que a luta se aproximava, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. O Observatório monitora a guerra usando uma rede de fontes no terreno.

O Estado Islâmico explodiu templos e túmulos antigos desde a captura de Palmira, no que a agência cultural da ONU, a Unesco, apontou como um crime de guerra. A cidade, localizada em uma encruzilhada no centro da Síria, está rodeada principalmente pelo deserto.

A captura de Palmira e avanços mais ao leste em Deir al-Zor marcariam o ganho mais significativo do governo sírio contra o Estado Islâmico desde o início da intervenção militar da Rússia, em setembro, em apoio às forças do governo.

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