Cristina Kirchner, que deixou a presidência da Argentina em dezembro do ano passado após oito anos no cargo, foi acusada oficialmente por um promotor por lavagem de dinheiro, de acordo com uma fonte judicial no sábado.

A decisão acontece após depoimento realizado na sexta-feira pelo empresário Leonardo Farina que, por meio de um acordo, envolveu Cristina e seu falecido marido e ex-presidente Néstor Kirchner em um caso relacionado a lavagem de dinheiro e desvio de fundos destinados a obras públicas, segundo informações da mídia local.

Entre os acusados também está Julio De Vido, aliado de longa data de Cristina e ex-ministro de Kirchner, informam os jornais locais e a agência de notícias estatal Telam. 

Conforme a lei argentina, um promotor pode acusar formalmente ou imputar uma pessoa que acreditam estar envolvidos em irregularidades. Um juiz decide, então, se irá chamá-los para uma acusação oficial.

Cristina, líder de esquerda do partido peronista, foi impedida constitucionalmente de tentar um terceiro mandato consecutivo. O candidato da oposição Mauricio Macri venceu a eleição de novembro, encerrando mais de uma década de governo peronista.

Um porta-voz do Ministério da Justiça informou que o governo não irá comentar sobre processos em curso.