Após falar em abandonar meta de Dilma, ministro diz que Minha Casa, Minha Vida continua

Alberto Alerigi Jr.

Em São Paulo

  • André Dusek/Estadão Conteúdo

    Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", Bruno Araújo afirmou que toda a terceira etapa do programa estava suspensa e passaria por um processo de "aprimoramento"

    Em entrevista ao jornal "O Estado de S. Paulo", Bruno Araújo afirmou que toda a terceira etapa do programa estava suspensa e passaria por um processo de "aprimoramento"

O ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), afirmou nesta sexta-feira (20) que o Minha Casa, Minha Vida será continuado e reiterou que os programas sociais são prioridade do governo do presidente interino Michel Temer.

Em nota à imprensa, o Ministério das Cidades disse que reafirma "o compromisso não só com a manutenção do programa Minha Casa, Minha Vida, mas também com a importância do seu aprimoramento e na medida em que a economia permitir, sua ampliação, com objetivo justamente de garantir que os programas sociais possam prosseguir".

O comunicado da pasta foi enviado após o jornal "O Estado de S. Paulo" publicar reportagem, baseada em entrevista com Araújo, afirmando que o governo Temer teria abandonado a meta traçada pela presidente afastada Dilma Rousseff de contratar 2 milhões de moradias na terceira etapa do Minha Casa, Minha Vida até o fim de 2018.

Além disso, a matéria do jornal afirma que o Ministério das Cidades teria suspendido a terceira etapa do programa, sem permitir novas contratações, para um processo de aprimoramento.

Na nota à imprensa, Araújo disse que "estamos em um momento de transição, em hipótese alguma neste momento falaríamos em uma suspensão do programa Minha Casa, Minha Vida".

"O que estamos fazendo é sendo cautelosos, avaliando o que nos permite prometer para que não possam ocorrer falsas esperanças", acrescentou.

Em sua conta no Facebook, o ministro já tinha negado mais cedo a suspensão do programa habitacional, afirmando que essa informação "não corresponde à realidade".

Na terça-feira (17), Araújo revogou uma portaria editada por Dilma que autorizava a Caixa a contratar a construção de até 11.250 unidades habitacionais do programa.

A terceira fase do programa foi lançada no fim de março pela presidente Dilma, prevendo recursos totais de R$ 210,6 bilhões para construção de 2 milhões de moradias até 2018.

Na ocasião, o governo informou que do total de recursos, R$ 41,2 bilhões seriam do Orçamento da União, R$ 39,7 bilhões em subsídios do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e o restante em financiamentos pelo FGTS.

O Minha Casa Minha, Vida é um dos programas que mais tem sofrido com cortes de verbas pelo governo, em meio à queda na arrecadação diante da forte recessão econômica. Em fevereiro, os desembolsos com o programa caíram 32% em comparação com mesmo período do ano anterior, segundo dados do Tesouro, após terem despencado 72% em janeiro na mesma base de comparação.

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