Secretário-geral da OEA invoca cláusula democrática por crise na Venezuela

Por Diego Oré

CARACAS (Reuters) - O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, pediu nesta terça-feira que seja convocada uma sessão urgente para votar a aplicação da Carta Democrática da entidade sobre a Venezuela, em meio a aguda crise vivida pelo país produtor de petróleo.

Almagro pediu uma reunião extraordinária do Conselho Permanente da OEA, com sede em Washington, entre os dias 10 e 20 de junho, para determinar se a Venezuela sofreu uma alteração da ordem constitucional que afete a democracia.

"Na Venezuela, se perdeu a finalidade política", escreveu Almagro ao Conselho Permanente. "Se esqueceu de se defender o bem maior e coletivo no longo prazo sobre o bem individual e o curto prazo... o político imoral é aquele que perde essa visão, porque o único que lhe interessa é se manter no poder."

Caso dois terços dos 34 países que compõem a OEA votarem a favor da ativação da Carta Democrática na sessão que analisará a grave crise vivida pelo país sul-americano, a Venezuela ficará suspensa da entidade.

O governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no entanto, teria ao seu lado grande parte dos países do Caribe e da América Central, que recebe o apoio da Venezuela por meio da venda de petróleo em condições preferenciais sob o convênio Petrocaribe. Além disso, aliados de Maduro, como o Equador e a Bolívia, não hesitariam em lhe dar apoio.

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