Índice fecha quase estável em sessão com balanços corporativos e Fed

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A Bovespa fechou novamente com seu principal índice praticamente estável nesta quarta-feira, marcada pela repercussão de balanços corporativos e decisão de política monetária nos Estados Unidos, conforme o avanço das ações da Vale foi novamente abafado pelo recuo dos papéis da Petrobras.

O Ibovespa subiu 0,12 por cento, a 56.853 pontos. O volume financeiro do pregão somou 6,96 bilhões de reais.

O Ibovespa zerou momentaneamente os ganhos à tarde com a avaliação do Federal Reserve, banco central norte-americano, de que os riscos de curto prazo à perspectiva econômica dos EUA têm diminuído, abrindo a porta para uma alta de juros neste ano.

No comunicado que acompanhou a decisão de manter os juros inalterados, o Fed disse ainda que os ganhos no emprego foram fortes em junho.

O índice acionário norte-americano S&P 500 fechou em queda de 0,l2 por cento.

A temporada de resultados corporativos também marcou o pregão brasileiro, com a Telefônica Brasil também contribuindo o fechamento positivo do Ibovespa, após o balanço trimestral da operadora de telefonia ter sido bem recebida pelo mercado.

DESTAQUES

- VALE fechou com as preferenciais em alta de 3,36 por cento e as ordinárias com ganho de 2,71 por cento, novamente apoiadas no avanço dos preços do minério de ferro à vista na China. A mineradora divulga seu desempenho trimestral na quinta-feira, antes da abertura do mercado. Entre as siderúrgicas, USIMINAS, que também divulga balanço na quinta-feira, capitaneou os ganhos com alta de 8,88 por cento.

- PETROBRAS encerrou com as preferenciais em baixa de 3,11 por cento, pior desempenho do Ibovespa, e as ordinárias com recuo de 1,02 por cento, na esteira do recuo do petróleo. O presidente da estatal espera receber propostas vinculantes pela unidade de combustíveis BR Distribuidora até o final do ano e concluir a transação no processo de desinvestimento da subsidiária até o primeiro semestre de 2017.

- TELEFÔNICA BRASIL, que divulgou resultado trimestral na noite de terça-feira, subiu 2,48 por cento, conforme o grupo de telecomunicações que opera sob a marca Vivo citou captura de sinergias acima do esperado da aquisição da GVT. O Credit elevou o preço-alvo da ação para 54 reais após o balanço.

- WEG avançou 4,11 por cento, revertendo a fraqueza da abertura, apesar da fabricante de motores elétricos e tintas industriais ter registrado queda no lucro e no Ebitda no segundo trimestre.

- SANTANDER BRASIL perdeu fôlego e fechou em baixa de 0,35 por cento, após desempenho melhor do que o esperado no segundo trimestre e previsão benigna para as margens de crédito e para as receitas com tarifas na segunda metade do ano, mas com analistas olhando os números com cautela. No setor, BRADESCO, que apresenta seus números na quinta-feira antes da abertura do mercado, valorizou-se 0,35 por cento.

- QUALICORP recuou 2,74 por cento, pressionada por relatório do Goldman Sachs cortando a recomendação para a ação da empresa de planos de saúde coletivos para "neutra".

- VIA VAREJO, que não está no Ibovespa, recuou 9,11 por cento, maior queda em um ano, também em meio à repercussão do desempenho trimestral, com aumento do prejuízo e despesas operacionais.

- PRUMO, também de fora do Ibovespa, caiu 16,37 por cento, a 7 reais, maior queda da bolsa nesta sessão, após aprovar aumento do capital por subscrição privada. Na operação, serão emitidas no mínimo 74 milhões e no máximo 110,7 milhões de ações ordinárias, ao preço unitário de 6,69 reais.

- ENERGISA, que também não faz parte do Ibovespa, avançou 5 por cento, a 21 reais, após oferta primária de ações a 18,50 reais por unit. Na terça-feira, três fontes próximas da operação afirmaram que a demanda estava em quase 8 vezes a oferta nesse nível de preço.

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