PF prende homem do RJ por suspeita de terrorismo; defesa nega envolvimento

RIO DE JANEIRO (Reuters) - A Polícia Federal prendeu na tarde de quarta-feira em Nova Iguaçu (RJ) um homem suspeito de ligação com terrorismo devido a publicações na internet, informaram a PF e o advogado do suspeito nesta quinta-feira.

O advogado disse, no entanto, que o homem não tem nenhuma ligação com grupos jihadistas.

O homem preso é Chaer Kalaoun, um brasileiro descendente de libaneses. Ele foi detido devido a publicações em redes sociais consideradas suspeitas pelas autoridades, e foi levado para a Superintendência da PF no centro do Rio, segundo o advogado Edison Ferreira.

"A autoridade policial pediu a prisão e a Justiça Federal autorizou. Ele é investigado em razão de postagens nas redes sociais e essas coisas, mas ele não tem nada a ver com Estado Islâmico e terrorismo", disse Ferreira por telefone à Reuters.

Segundo o advogado, Chaer é de uma família de comerciantes que vive em Nova Iguaçu. Ele já havia sido preso em maio de 2014, antes da Copa do Mundo, por porte ilegal de arma de fogo.

Em nota, a Polícia Federal informou que cumpriu um mandado de prisão com base na lei antiterror e que o suspeito possui histórico de detenção por porte ilegal de arma. Disse ainda que outros dois mandados de busca também foram cumpridos.

"O objetivo da medida é aprofundar investigação instaurada a partir da identificação de manifestações e promoção de organização terrorista pela internet", disse a PF, ressaltando que o cumprimento desse mandado não possui relação com a Operação Hashtag.

Na semana passada, a PF prendeu um grupo suspeito de pertencer a uma célula leal ao grupo jihadista Estado Islâmico e que estaria em estágios iniciais para a preparação de atos de terrorismo durante os Jogos Olímpicos do Rio, em uma operação inédita no país. [nL1N1A80AE]

Segundo reportagens, a prisão de quarta-feira foi determinada pela Justiça Federal do Rio depois que investigações da PF e da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) identificaram comunicações do homem na Internet em que ele fazia apologia ao Estado Islâmico.

(Por Pedro Fonseca, com reportagem adicional de Tatiana Ramil em São Paulo)

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