Manifestantes malasianos marcham contra primeiro-ministro
KUALA LUMPUR (Reuters) - Dezenas de milhares de manifestantes, não se deixando intimidar pelas prisões de líderes opositores, marcharam na capital da Malásia neste sábado (19) pedindo a renúncia do primeiro-ministro Najib Razak.
Vestidos de camisetas amarelas, manifestantes marcharam pelo centro de Kuala Lumpur parando o trânsito em diversos pontos turísticos, encerrando de forma pacífica em frente ao icônico Petronas Twin Towers, após o plano inicial de se reunir na Praça da Independência ser frustrado pela polícia.
Najib tem enfrentado críticas desde que o "Wall Street Journal" reportou no ano passado que cerca de 700 milhões de dólares do fundo estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB) foi desviado para a conta bancária pessoal do primeiro-ministro.
Najib teve ainda maiores problemas quando processos abertos pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos em julho disseram que mais de US$ 3,5 bilhões haviam sido roubados do 1MDB, fundado por Najib, e que parte desses fundos haviam entrado na conta do "Malaysian Official 1", que autoridades norte-americanas e malasianas identificaram como sendo Najib.
Os protestos não devem abalar o primeiro-ministro, que negou as irregularidades e resistiu à crise, consolidando seu poder reprimindo dissidentes.
Onze ativistas e líderes de oposição foram presos na sexta-feira e pelo menos mais dois foram detidos no protesto. O vice-primeiro ministro Ahmad Zahid Hamidi disse que pode haver mais prisões nos próximos dias.
Maria Chin Abdullah, chefe do grupo pró-democracia Bersih, que organizou a manifestação, foi detida sob o Ato de Ofensas à Segurança (Medidas Especiais) da Malásia, ou Sosma, segundo seus advogados. Essa lei foi introduzida em 2012 para proteger o país de ameaças à segurança e de extremistas.
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