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Desafiando Trump, Partido Verde busca recontagem em três Estados dos EUA

05/12/2016 18h25

Por Amy Tennery

NOVA YORK (Reuters) - A candidata a presidente dos Estados Unidos pelo Partido Verde, Jill Stein, seguiu adiante nesta segunda-feira com o seu esforço para recontar os votos das eleições norte-americanas em três Estados e trocou farpas com o presidente eleito, Donald Trump, sobre os seus motivos.

Jill Stein processou autoridades eleitorais da Pensilvânia numa corte federal, exigindo uma recontagem em todo o Estado.

Horas antes, um juiz federal em Michigan ordenou que uma recontagem começasse no lugar sem demoras. Em Wisconsin, uma recontagem começou na semana passada a pedido dela.

Mesmo se todas as três recontagens avançarem, é extremamente improvável que elas alterem o resultado da eleição presidencial de 8 de novembro na qual os três Estados historicamente democratas ajudaram a concretizar a vitória do republicano Trump.

No domingo, Trump chamou o esforço de Jill Stein de um fracasso e questionou os motivos dela, dizendo no Twitter: “Somente um golpe de Stein para levantar dinheiro!”

Numa entrevista à imprensa nesta segunda-feira do outro lado da rua da Trump Tower em Manhattan, Jill Stein afirmou que cada dólar que ela angariar em prol da recontagem vai para uma conta específica para esse objetivo. Ela já levantou 7,2 milhões de dólares, de acordo com o seu site.  

"Pedimos que Donald Trump olhe os fatos, e não invente os fatos”, afirmou.

Jill Stein afirmou que o seu esforço por recontagens nos três Estados não visa mudar o resultado eleitoral, mas que ela e outros se preocupam com a integridade dos sistemas de votação nos três lugares.

Trump e os seus apoiadores têm buscado dar fim às recontagens com recursos a autoridades estaduais e com a entrada de processos.

"Nós estamos aqui para assegurar Donald Trump que não há nada a temer”, afirmou ela. “Se você acredita em democracia, se você acredita na credibilidade da sua vitória, baixe a guarda e termine com a sua obstrução burocrática.”

Algumas máquinas de votação na Pensilvânia não deixavam comprovante de papel, as tornando vulneráveis a ações hacker e outros problemas, disse.