Fatia da economia informal no PIB brasileiro cresce em 2016, diz estudo
SÃO PAULO (Reuters) - A participação do mercado informal na economia brasileira voltou a crescer em 2016, reflexo da crise econômica no país, que tem afetado o emprego formal, de acordo com levantamento divulgado nesta segunda-feira.
A chamada economia subterrânea-- produção de bens e serviços não reportada ao governo deliberadamente-- alcançou 16,3 por cento do PIB, contra 16,2 por cento em 2015, mostrou estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial (ETCO) e pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/IBRE).
Comparativamente, a participação da economia informal no PIB superior a das regiões Nordeste (12,3 por dento), Centro-Oeste (9,5 por cento) e Norte (5,8 por cento).
Em termos nominais, o mercado informal movimentou 983,283 bilhões de reais em 2016, ante 956,96 bilhões de reais no ano anterior.
De acordo com o pesquisador do FGV/IBRE Fernando de Holanda Barbosa Filho, responsável pelo estudo, o mercado informal também é afetado pela crise, mas, como consegue amortecer um pouco mais do que o mercado formal, aumentou o seu peso relativo na economia.
"A crise atrapalha todo mundo", afirmou o Barbosa Filho à Reuters, acrescentando que essa piora deve estancar quando passar a crise econômica no país.
Por ora, contudo, os sinais não são otimistas. O IBGE divulgou na semana passada que o PIB brasileiro encolheu 0,8 por cento no terceiro trimestre ante os três meses anteriores, no sétimo trimestre seguido de contração e com a maior retração no ano nesta base de comparação.
Na mesma linha, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, mostrou que houve o fechamento de 751.816 vagas formais no Brasil nos dez primeiros meses do ano, na série com ajuste.
(Por Paula Arend Laier)
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