Topo

China defende criação de Estado palestino para corrigir "injustiça histórica"

O chanceler chinês, Wang Yi (dir), e o chanceler palestino, Riyad al-Malki, falam com a imprensa após conversas em Pequim (China) - Cui Xinyu/Xinhua
O chanceler chinês, Wang Yi (dir), e o chanceler palestino, Riyad al-Malki, falam com a imprensa após conversas em Pequim (China) Imagem: Cui Xinyu/Xinhua

Em Pequim

13/04/2017 12h50

Palestinos devem ser autorizados a criar um Estado independente, defendeu o ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, nesta quinta-feira (13), após encontro com o ministro de Relações Exteriores da Palestina, Riyad al-Maliki, que pressionou Pequim a fazer mais pelo processo de paz no Oriente Médio.

Enviados chineses ocasionalmente visitam territórios de Israel e da Palestina, embora a China tenha tradicionalmente desempenhado um papel pequeno nos conflitos ou na diplomacia do Oriente Médio, apesar depender das reservas de óleo da região.

Wang disse, em uma coletiva de imprensa com Maliki, que 70 anos depois da aprovação da resolução da ONU com o plano de criação de um Estado judeu, palestinos ainda são impedidos de ter seu próprio país independente.

"Isso não é justo. Esse tipo de injustiça histórica deve ser corrigido. Isso não pode continuar", disse Wang.

Ele acrescentou que é hora de superar a inércia e retomar as negociações de paz entre Israel e Palestina.

Maliki disse que a Palestina aprecia e agradece os esforços da China em facilitar a paz.

"Nós encorajamos a China a ter mais abordagens desse tipo, para alcançar definitivamente a paz em nossa região", acrescentou.

Pequim tem tradicionalmente uma boa relação com os palestinos.

O Oriente Médio, entretanto, está repleto de riscos para a China, um país que tem pouca experiência lidando com as tensões políticas e religiosas que atormentam frequentemente a região.

O presidente da China, Xi Jinping, disse ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em março que uma coexistência pacífica entre Israel e a Palestina seria vantajosa para os dois lados e para a região, e que era apoiada pela comunidade internacional.