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Família de estudante morto após prisão na Coreia do Norte recusa autópsia

Em coma, Otto Warmbier é retirado de avião em Cincinnati, nos EUA - Sam Greene/The Cincinnati Enquirer via AP
Em coma, Otto Warmbier é retirado de avião em Cincinnati, nos EUA Imagem: Sam Greene/The Cincinnati Enquirer via AP

20/06/2017 19h51

Um legista do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, não vai realizar uma autópsia no corpo do estudante norte-americano que morreu depois de ser mantido preso na Coreia do Norte por 17 meses e será feito apenas um exame externo do corpo a pedido da família, disse a autoridade de medicina legal do Estado nesta terça-feira (20).

O instituto médico legal do condado de Hamilton estava em contato com médicos do hospital de Cincinnati onde Otto Warmbier, de 22 anos, morreu na segunda-feira, antes de tirar qualquer conclusão sobre a morte, disse o investigador Daryl Zornes.

Os investigadores ainda estão analisando imagens radiológicas e esperando mais registros médicos pedidos pela medicina legal, disse Zornes à Reuters.

Mais cedo nesta terça, o necrotério local disse que recebeu o corpo do estudante para uma autópsia e esperava divulgar descobertas preliminares ainda nesta terça ou na quarta-feira.

Mas os planos mudaram após a família decidir não realizar uma autópsia. Em vez disso, os legistas limitaram os exames a uma análise externa do corpo de Warmbier e uma análise de seus registros, disse Zornes.

Não havia informação imediata da família ou de parentes do estudante sobre os motivos que os levaram a pedir que não fosse feita uma autópsia, procedimento que poderia esclarecer as razões para as lesões neurológicas sofridas por Warmbier na Coreia do Norte.

A morte de Warmbier acontece apenas dias após ele ser solto pelo governo norte-coreano e voltar aos Estados Unidos sofrendo de amplo dano cerebral, de acordo com os médicos norte-americanos que o trataram.

Warmbier, que nasceu em Ohio e estudava na Universidade de Virginia, foi preso na Coreia do Norte em janeiro de 2016 enquanto visitava o país como turista. Ele foi sentenciado dois meses mais tarde a 15 anos de trabalhos forçados por tentar roubar um item com um slogan de propaganda de seu hotel na capital da Coreia do Norte, Pyongyang, disse a mídia estatal da Coreia do Norte.

As circunstâncias de sua detenção e qual tratamento médico ele recebeu na Coreia do Norte seguem desconhecidas.