Aprovação a Maduro sobe para 23% após sanções de Trump, diz pesquisa
CARACAS (Reuters) - O índice de aprovação ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, subiu para 23 por cento em setembro ante 17 por cento em julho, de acordo com uma pesquisa do instituto local Datanalisis divulgada na segunda-feira.
A recuperação ocorreu após uma série de sanções impostas pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assim como uma queda acentuada nos violentos protestos antigoverno que marcaram o país pelos últimos quatro meses.
Quase 52 por cento dos entrevistados disseram ser contra as sanções do governo Trump, que foram impostas em resposta à criação de uma Assembleia Constituinte com amplos poderes, que a oposição disse ter representado a consolidação de uma ditadura.
Para 57 por cento, não seria aceitável uma "opção militar" dos EUA para forçar uma mudança na Venezuela, em referência a uma declaração de Trump em agosto, que foi amplamente condenada pela região.
A popularidade de Maduro está em queda desde sua eleição para presidente em 2013, após a morte de seu mentor Hugo Chávez. A queda no apoio resulta, principalmente, de uma crise econômica com inflação de três dígitos e escassez de produtos básicos.
A pesquisa, que entrevistou 1.000 pessoas entre 8 e 22 de setembro, mostrou ainda que 86,9 por cento acreditam que o país vive uma situação negativa. A margem de erro do levantamento é de 3,04 pontos.
(Reportagem de Corina Pons)
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