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Fotógrafo é assassinado e 2017 pode se tornar ano mais sangrento para jornalistas no México

O fotógrafo Edgar Daniel Esqueda, 23, foi morto nesta sexta (6), no México - Christian Palma/AP
O fotógrafo Edgar Daniel Esqueda, 23, foi morto nesta sexta (6), no México Imagem: Christian Palma/AP

Daina Beth Solomon e Christine Murray

07/10/2017 15h45

O corpo repleto de tiros de um fotojornalista foi encontrado na região central do México na sexta-feira (6), informaram autoridades estatais. O caso coloca 2017 no caminho para se tornar o ano mais mortal para jornalistas no país.

Edgar Daniel Esqueda, 23, trabalhava para o Metropoli San Luis e Vox Populi SLP, no Estado de San Luis Potosi, e foi encontrado na capital do Estado com ao menos três ferimentos de tiros nas costas e no pescoço, disseram autoridades.

Os veículos de mídia em que Esqueda trabalhava haviam relatado seu sequestro em sua casa por atiradores na manhã de quinta (5).

O governador de San Luis Potosi, Manuel Carreras, disse durante entrevista coletiva que uma investigação está sendo realizada. Ele não disse se o assassinato de Esqueda está ligado a seu trabalho como jornalista.

Com o assassinato de Esqueda, 2017 pode se tornar o ano mais sangrento até o momento para repórteres no México, de acordo com o grupo de liberdade de imprensa e direitos de jornalistas Artigo 19.

O fotojornalista foi o 11º repórter morto até o momento neste ano, segundo o grupo. O número se iguala ao total de 2016, o mais alto já registrado no país devastado por altos níveis de criminalidade e derramamento de sangue ligado às drogas.

Durante os últimos 17 anos, 111 jornalistas foram mortos no México, sendo 38 deles sob o atual governo do presidente Enrique Peña Nieto.