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Trump vai a Ásia dizer que mundo está "correndo contra o tempo" em relação à Coreia do Norte

Steve Holland

Em Washington

02/11/2017 18h08

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá dizer a líderes em uma viagem por cinco países asiáticos que o mundo está "correndo contra o tempo" para acabar com a crise nuclear da Coreia do Norte e que os EUA estão preparados para se defender caso necessário, disse um assessor sênior de Trump nesta quinta-feira.

Trump viaja na sexta-feira ao Havaí, na primeira parada em rota para a Ásia, onde irá visitar o Japão, a Coreia do Sul, a China, o Vietnã e as Filipinas. A viagem será a mais longa pela Ásia de um presidente norte-americano em mais de 25 anos.

"O presidente reconhece que estamos correndo contra o tempo (para lidar com a Coreia do Norte) e irá pedir para todas as nações fazerem mais", disse o assessor de segurança nacional da Casa Branca, H.R. McMaster, em entrevista coletiva.

Ele disse que Trump irá pedir para países com mais influência sobre Pyongyang  "convencerem seu líder de que a busca por armas nucleares é um beco sem saída" e que a Coreia do Norte precisa se desnuclearizar.

"E ele irá lembrar a amigos e rivais que os Estados Unidos continuam prontos para se defender e defender nosso aliados usando o alcance total de nossas capacidades", disse McMaster.

Talvez a parada mais crítica de Trump seja na China, onde irá pedir para o presidente chinês, Xi Jinping, fazer mais para conter a Coreia do Norte. Autoridades seniores dos EUA dizem que a China considera a Coreia do Norte um bem estratégico e está relutante em cortar recursos para Pyongyang por temores de gerar uma onda de refugiados.

McMaster disse que Trump, que aprovou diversas sanções contra a Coreia do Norte enquanto pressionava para a China fazer mais, está no começo de sua busca para que Pyongyang desista de armas nucleares. Trump alertou que irá "destruir totalmente" a Coreia do Norte caso o país ameace os EUA.

"Eu penso que nós temos que ser um pouco pacientes aqui por pelo menos alguns meses para ver o que nós e outros podemos fazer, incluindo a China", disse McMaster. "Eu não acho que nós precisamos reavaliar nossa estratégia agora. Eu acho que nós temos que dar alguns meses e então ver quais ajustes nós podemos fazer".

É esperado que Trump pressione Xi a reduzir exportações de petróleo da China para a Coreia do Norte e importações de carvão de Pyogyang e limitar transações financeiras.