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Trump deveria tratar mulheres "com mais respeito", dizem Bill e Melinda Gates

13.dez.2016 - Bill Gates durante evento no Trump Tower, em Nova York - Seth Wenig/ AP
13.dez.2016 - Bill Gates durante evento no Trump Tower, em Nova York Imagem: Seth Wenig/ AP

Umberto Bacchi

Da Reuters, em Londres

13/02/2018 15h24

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deveria tratar as pessoas, especialmente as mulheres, com mais respeito e continuar a investir em países mais pobres por causa da segurança global, disse o principal casal filantrópico do mundo, Bill e Melinda Gates, nesta terça-feira (13).

Em carta aberta anual na qual responde perguntas sobre sua fundação, eles criticaram os cortes propostos por Trump na ajuda externa fornecida pelos EUA e disseram que ele tinha a responsabilidade de dar bom exemplo e encorajar todos os norte-americanos através de suas declarações e políticas.

"Eu desejo que o nosso presidente trate as pessoas, e especialmente as mulheres, com mais respeito quando fala e usa o Twitter", disse Melinda Gates na carta. "A igualdade é um importante princípio nacional. A inviolabilidade de cada indivíduo, independentemente de raça, religião, orientação sexual ou gênero, é parte do espírito do nosso país."

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Durante a campanha eleitoral de 2016 contra a candidata presidencial democrata Hillary Clinton, Trump foi criticado por insultar as mulheres, e por suas observações, capturadas em vídeo, em que se gabava de apalpá-las.

A carta, em que Bill e Melinda Gates se propuseram a responder "as 10 perguntas mais difíceis", também menciona os planos da Trump de cortar dinheiro gasto para combater doenças e pobreza no exterior.

"Esses esforços salvam vidas... e eles deixam os norte-americanos mais seguros ao tornar os países pobres mais estáveis ??e acabar com os surtos de doenças antes de se tornarem pandemias", disse Bill Gates. "O mundo não é um lugar seguro quando mais pessoas estão doentes ou com fome."

A proposta da Trump de cortar fundos para a diplomacia e a ajuda externa enfrentou resistência no Congresso na segunda-feira, uma vez republicanos juntaram-se aos democratas na oposição às reduções.