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Rabino elogia policial à paisana que agiu contra atirador em sinagoga da Califórnia

A polícia isolou a sinagoga de Chabad, em Poway, na Califórnia, depois do ataque a tiros - John Gastaldo/Reuters
A polícia isolou a sinagoga de Chabad, em Poway, na Califórnia, depois do ataque a tiros Imagem: John Gastaldo/Reuters

Joseph Ax

28/04/2019 16h16

O rabino ferido em um ataque a tiros em sua sinagoga na Califórnia ontem elogiou um agente da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA que estava de folga e que disparou contra o suspeito em fuga.

"Eu tinha falado com ele no passado sobre ir armado à sinagoga porque ele é treinado, e eu quero segurança treinada sempre que possível", disse o rabino Yisroel Goldstein à CNN, falando em um hospital local. "Infelizmente, não podíamos nos dar ao luxo de ter um agente de segurança armado em todos os momentos. Então, sempre que recebíamos ajuda extra, ficávamos gratos por isso."

O agente, que não foi identificado, descobriu recentemente sua herança judaica e viajou mais de 160 km para visitar a sinagoga a partir de sua casa em El Centro, cidade na fronteira com o México, disse o rabino.

O xerife do condado de San Diego, Bill Gore, disse ontem que o policial disparou quando o atirador estava fugindo, errando o suspeito, mas atingindo seu carro.

Uma mulher foi morta e três pessoas ficaram feridas, incluindo o rabino, que perdeu um dedo e fez uma cirurgia para tentar salvar mais partes de sua mão.

Logo após o ataque, o atirador suspeito, de 19 anos, telefonou para a Polícia Rodoviária da Califórnia para dizer que estava envolvido e depois se entregou à polícia em uma rodovia próxima a Rancho Bernardo.

Aparentemente, ele é o autor de um "manifesto" online que afirmava ter incendiado uma mesquita no mês passado e se inspirado no ataque em massa do mês passado em duas mesquitas na Nova Zelândia que mataram 50 pessoas.

As ações do agente de Proteção de Fronteiras foram elogiadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que escreveu no Twitter: "Ele podia estar de folga, mas seus talentos para a aplicação da lei não estavam!"

Em um comunicado, a Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP, na sigla em inglês) disse que um de seus agentes de folga "estava presente e tomou medidas que podem ter evitado a perda adicional de vidas".

"O ódio e a violência contra qualquer pessoa por causa de sua raça, etnia ou religião não têm lugar em nossa sociedade", disse o agente sênior da CBP John Sanders em um comunicado. "O CBP apoiará totalmente nossos parceiros que estão investigando."