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Mísseis do Irã podem facilmente atingir navios dos EUA no Golfo Pérsico, diz vice da Guarda

23.dez.2004 - imagem de arquivo mostra o USS Abraham Lincoln ancorado em Hong Kong - Samantha Sin/AFP
23.dez.2004 - imagem de arquivo mostra o USS Abraham Lincoln ancorado em Hong Kong Imagem: Samantha Sin/AFP

17/05/2019 08h47

Um vice-chefe da Guarda Revolucionária do Irã disse hoje que até mísseis iranianos de curto alcance poderiam atingir navios de guerra dos Estados Unidos na região do Golfo Pérsico, acrescentando que os EUA não poderiam custear uma nova guerra, de acordo com a agência Fars.

As tensões entre Irã e EUA têm aumentado, com uma preocupação crescente sobre potenciais conflitos à medida que Washington intensifica as sanções e a pressão política sobre Teerã e amplia a presença militar norte-americana na região, sob alegações de ameaças do Irã às tropas e aos interesses dos EUA.

O Irã acusou os Estados Unidos de "guerra psicológica", e o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, disse nesta semana que o Teerã não negociaria outro acordo após Washington deixar um pacto de 2015 sobre o programa nuclear iraniano.

"Até nossos mísseis de curto alcance podem facilmente alcançar os navios de guerra (dos EUA) no Golfo", disse Mohammad Saleh Jokar, vice da Guarda para assuntos parlamentares, segundo a Fars.

"A América não pode arcar com os custos de uma nova guerra, e o país está em uma situação ruim em termos de pessoal e condições sociais", acrescentou.

Em outro momento, um militar sênior do Irã acusou o presidente dos EUA, Donald Trump, de desonestidade, afirmando que Washington estava convocando negociações enquanto "segurava uma arma" contra Teerã, de acordo com a agência.

Trump declarou publicamente que deseja seguir um caminho diplomático depois de se retirar do acordo de 2015 e suspender todas as exportações de petróleo do Irã neste mês.

"As ações dos líderes americanos em aumentar a pressão e aplicar sanções... enquanto fala de diálogo é como segurar uma arma contra alguém e pedir por amizade e negociações", disse Rasoul Sanai-Rad, o vice-político do comandante das Forças Armadas, segundo a agência.