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Funcionário norte-coreano que teria sido "executado" está vivo, diz CNN

23.fev.2019 - Kim Hyok Chol, responsável pelo preparatório das reunião entre Kim Jong-un e Donald Trump em Hanoi, Vietnã - Athit Perawongmetha/Reuters
23.fev.2019 - Kim Hyok Chol, responsável pelo preparatório das reunião entre Kim Jong-un e Donald Trump em Hanoi, Vietnã Imagem: Athit Perawongmetha/Reuters

Por Joyce Lee

Em Seul

04/06/2019 11h53

O enviado nuclear da Coreia do Norte, que um jornal sul-coreano disse na semana passada ter sido executado, está vivo, mas sob custódia e sendo investigado por seu papel em uma cúpula fracassada com os Estados Unidos, noticiou a rede CNN hoje.

Nos últimos cinco dias surgiram vários relatos conflitantes sobre mudanças na equipe norte-coreana que conduziu as negociações com os EUA após uma cúpula mal-sucedida entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente dos EUA, Donald Trump, em Hanói, em fevereiro.

Kim Hyok Chol, que liderou as conversas de trabalho da Coreia do Norte durante os preparativos para a reunião em Hanói, está vivo e sob custódia estatal, relatou a CNN, citando várias fontes não identificadas, e ainda pode enfrentar uma "punição dura", disse.

A notícia contradiz uma reportagem do jornal sul-coreano Chosun Ilbo, que na sexta-feira disse que Kim Hyok Chol foi executado em março, citando uma fonte não identificada com conhecimento da situação.

À época, fontes disseram à Reuters que Kim Hyok Chol estava sendo punido, mas que não havia indícios de que havia sido executado.

O Chosun Ilbo também noticiou que Kim Yong Chol, autoridade de alto escalão com papel destacado nas conversas com os EUA, foi enviado a um campo de trabalho e reeducação, mas não disse quando.

Mas Kim Yong Chol foi visto em uma foto da mídia estatal ontem acompanhando Kim Jong-un em um espetáculo artístico no dia anterior, o que indica que o ex-chefe de espionagem continua forte na estrutura de poder sigilosa da Coreia do Norte.

A CNN noticiou que Kim Yong Chol "quase foi privado" do poder desde a cúpula de Hanói, mas que não foi submetido a trabalho forçado.

Kim Yo Jong, irmã de Kim Jong-un, também apareceu em fotos da mídia estatal hoje sentada ao lado do líder norte-coreano e de sua esposa, Ri Sol Ju, em um evento.